Fonte: Agência Brasil
Os governos de Brasil
e Argentina
irão se encontrar em abril para renegociar o acordo automotivo entre os dois países. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Industria e Comercio Exterior, Armando Monteiro, os dois países querem uma “plataforma industrial integrada” para tornar a indústria regional mais competitiva em relação aos outros blocos econômicos.
Monteiro se encontrou, em Buenos Aires, com o ministro da Produção da Argentina , Francisco Cabrera. A conversa teve como tema principal o acordo automotivo. O atual sistemas de cotas vence no dia 30 de junho e o governo argentino tem mostrado boa vontade para eliminar as diferenças entre as políticas de incentivo à indústria de ambos os países.
O acordo em vigor determina que, para cada US$ 1,5 em veículos e autopeças que o Brasil exporta para a Argentina , deve importar US$ 1 desses produtos do país vizinho. Além disso, existia a Declaração Antecipada de Importação (DJAI), que restringia as importações e, consequentemente, afetava os exportadores brasileiros. O DJAI foi eliminado pelo novo governo argentino, substituído por outras medidas que afeta muito menos os produtos brasileiros.
Apesar da vontade em construir um bom relacionamento comercial para o setor automotivo, um regime de livre comércio ainda vai demorar. “Eu imagino um horizonte inferior a cinco anos”, disse Monteiro. O ministro afirma que o acordo será vital para conquistar outros mercados. “Estamos negociando um acordo [de integração] com a União Europeia (UE)”, explica Monteiro. “Se não tivermos capacidade de construir uma plataforma nova e competitiva no setor automotivo, como vamos nos relacionar com os europeus?” A negociação entre Mercosul e os 28 países da UE avança rapidamente e a conversa para liberalizar o comércio entre os dois blocos pode começar esse semestre.