Recalls são algo bom para nós, clientes, pois obrigam as empresas a corrigirem defeitos de fabricação, algo que sempre vai acontecer. Só que algumas convocações beiram o surreal. Pode ser por uma falha escabrosa, daquelas que nos faz pensar “como uma empresa pode deixar isso passar?”. Ou, então, a fabricante quer corrigir algo que beira o ridículo de tão trivial. Escolhemos 10 casos que vai fazer você coçar a cabeça de tão bizarros.
Quando ouvimos recall, pensamos em algum defeito no carro que pode pôr a vida dos passageiros em risco. Por isso é surpreendente que a Honda tenha convocado os donos da van Odyssey 2014, nos EUA, porque o logo do carro está do lado errado. Sim, você leu certo, chamaram o veículo apenas para mudar a posição do logo na traseira, da direita para a esquerda. A justificativa seria que a diferença no posicionamento pode causar confusão na hora de revender o carro.
Um Mazda6 começa a pegar fogo na estrada. Quando o caso é investigado, descobrem uma rachadura no tanque de gasolina, causada pela pressão negativa de ar dentro do compartimento. Até aí, tudo bem. A parte bizarra é que o ar não entra porque aranhas invadiram e fizeram seus ninhos dentro do sistema. A Mazda teve que convocar 94 mil carros para instalar um tipo de mola que impede a entrada do aracnídeo.
Adesivos são essenciais para os carros e sua falta pode ser extremamente perigoso. É o que pensa a General Motors . A Chevrolet interrompeu a entrega e chamou 18.941 unidades do Camaro nos EUA porque o rótulo de advertência do airbag nos para-sóis pode descolar e cair.
Seu Honda Accord dá um problema, você pega o manual para ligar para a fabricante e descobre que o número de telefone está errado. Pior ainda, a chamada caía em um chat de sexo. A solução foi fazer o recall de 1,2 milhão de unidades para entregar o manual corrigido.
Dentre os carros nacionais, o caso mais notório é o do Troller Pantanal . Todas as 77 unidades do jipe da empresa brasileira foram recolhidas por um problema crônico: seu chassi, feito de resina poliéster reforçada com fibra de vidro, começava a trincar quando o veículo era utilizado de forma mais severa. A Ford , que havia comprado a Troller , acabou com a produção do Pantanal , comprou de volta todas as unidades e as destruiu.
O que é mais bizarro: A General Motors ter esquecido de colocar as pastilhas de freio em 4.296 unidades do Chevrolet Sonic, ou o defeito só ter sido notado porque um cliente reclamou que o veículo alugado estava fazendo “barulhos estranhos”? Segundo a marca, as pastilhas caíram dos freios durante o transporte das peças para a fábrica e ninguém percebeu.
Alguns carros da Subaru contam com o sistema Audiovox para ligar o motor remotamente pela chave. Como se possuídos, esses veículos começaram a ligar e desligar aleatoriamente, caso o proprietário derrubasse a chave. Uma vez que o problema aparecesse, o veículo ficaria repetindo isso até que acabasse o combustível, ou a bateria da chave ficasse sem carga.
Os donos do Hyundai Veloster enfrentaram um caso bem curioso: o teto solar panorâmico simplesmente explodia sem qualquer motivo aparente. Relatos nos EUA diziam que o vidro estourou em situações aleatórias. Uma mulher disse que aconteceu quando estava dirigindo, outro proprietário disse que estava lavando o carro quando o vidro quebrou e estilhaços voaram até 1,80 metros do hatchback. Na ocasião, a Hyundai disse acreditar que o teto pode ter sido enfraquecido durante o processo de montagem, tornando-se incapaz de aguentar o próprio peso.
Você se incomoda com a voz do GPS ser feminina? Na década de 1990, alguns alemães ficaram muito bravos com a BMW ter colocado uma mulher para dar direções pelo sistema de navegação do Série 5 . O motivo? Eles se sentiam ofendidos por uma mulher dizer a eles por onde devem ir. A marca até tentou convencê-los que não tinha problema, pois o sistema foi desenvolvido por uma equipe composta inteiramente por homens, mas não teve jeito, tiveram que convocar os carros e substituir por uma voz masculina.
Outro caso curioso que afetou o Brasil foi o recall de 12.462 unidades do Chery Cielo e Tiggo . Os modelos chineses vieram com uma quantidade extra de amianto aplicado na junta do coletor de admissão e escape do motor. Como o amianto é uma substância extremamente cancerígena se inalada, a marca correu para realizar o reparo e pediu para que ninguém tentasse consertar por conta própria, pelo alto risco à saúde.