Riscômetro na sede da Dekra, em Atibaia (SP) marca o valor referente aos prejuízos evitados pelos serviços da empresa
Cauê Lira
Riscômetro na sede da Dekra, em Atibaia (SP) marca o valor referente aos prejuízos evitados pelos serviços da empresa

Para conscientizar o público sobre segurança viária, o grupo alemão DEKRA apresenta o Riscômetro. Ele funciona - com pitadas de ironia - como o Impostômetro instalado na Boa Vista, no centro de São Paulo. O Riscômetro marca em tempo real o valor referente a prejuízos evitados por meio das vistorias e demais serviços feitos pela Dekra. Até o fim do ano, a empresa espera ultrapassar os R$ 14 bilhões.

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“Se o Impostômetro é um eterno portador de notícias ruins, o Riscômetro é exatamente o contrário”, brinca o presidente do Grupo Dekra no Brasil, Mário Maurício. “Calculamos o valor com base no volume de restrições e fraudes de segurança detectadas nos serviços feitos pela Dekra no Brasil. Cerca de 20% dos carros que passam pelos nossos serviços são identificados com irregularidades, colocando em risco a segurança de motoristas e outros pedestres”. De acordo com a marca, cerca de 7.800 vistorias diárias são feitas pela Dekra no Brasil, sendo que 20% delas identificam problemas nos veículos. O cálculo do preço médio também é feito com base no preço médio de R$ 30 mil por automóvel.

O Riscômetro faz parte de uma campanha de conscientização lançada pela Dekra chamada Segurança é Legal. Estão inclusos a distribuição de cartilhas educativas, palestras em escolas e até a antevisão de funcionários. Os colaboradores da Dekra, por exemplo, são orientados a não atender ligações de clientes enquanto estiverem dirigindo, para que sirvam de exemplo ao público.

Comportamento

Cinto de segurança:  Sem ele,  o risco de morte aumenta em 55% no banco dianteiro e 75% no traseiro
Divulgação
Cinto de segurança: Sem ele, o risco de morte aumenta em 55% no banco dianteiro e 75% no traseiro

De acordo com a marca, a segurança viária parte do comportamento do cidadão. Afinal, 94% dos acidentes são causados por erro ou negligência humana. E os números são alarmantes: O Brasil está em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito. Cerca de 3.400 pessoas morrem no trânsito todos os dias no Brasil. A cada 20 segundos, uma pessoa perde a vida no trânsito e outras vinte se acidentam.

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A cada 51 segundos, uma pessoa morre devido a motoristas alcoolizados, sendo que 1.600 vidas são perdidas por este fator no mundo, todos os dias. Coisas do cotidiano de muita gente, como não utilizar cinto de segurança, também acarretam em números preocupantes. Sem o dispositivo de segurança mais básico de todos, o risco de morte aumenta em 55% no banco dianteiro e 75% no banco traseiro. E um dado pouco divulgado também chama a atenção: 80% dos passageiros do banco da frente deixariam de morrer se os cintos do banco de trás fossem usados com regularidade.

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De cada cinco pessoas que perdem a vida no trânsito, um estava acima do limite de velocidade. Entre os jovens, a cada dez acidentes, seis são causados por distrações. As principais causas são interações com outros passageiros, atenção a dispositivos como celular e equipamentos internos do carro, ou pessoas se arrumando e dirigindo ao mesmo tempo. O estudo da Dekra sobre segurança ainda revela que acidentes de trânsito são a principal causa de morte de jovens entre 18 e 25 anos. A cada dois minutos, um jovem morre no trânsito.

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