Carros com câmbios automáticos representam 40% das vendas atualmente no Brasil, diz a consultoria Jato Dynamics
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Carros com câmbios automáticos representam 40% das vendas atualmente no Brasil, diz a consultoria Jato Dynamics

Em um pouco mais de uma década, as vendas de carros com câmbio automático têm aumentado bastante. De acordo com estudo da consultoria Jato Dynamics, atualmente os modelos sem pedal da embreagem representam em torno de 40% do mercado no Brasil. Segundo a mesma fonte, em 2011 esse percentual era de 19,7%. Potanto, o volume de negócios ligados a carros com câmbios automáticos praticamente dobraram nos últimos sete anos.

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Com isso, a oferta de modelos com câmbios automáticos também tem crescido no País. O problema é que as fabricante não conseguem oferecer caixa automáticas de alta qualidade nos carros mais em conta. Sim, os melhores sistemas que podem ser encontrados no mercado brasileiro estão nos importados de maior valor, com apenas duas exceções: o câmbio de 9 marchas dos SUVs da Jeep e o CVT do sedã Toyota Corolla.

1 – Toyota Corolla, CVT, de 7 marchas

Toyota Corolla: câmbio CVT é um dos melhores que já tivemos a oportunidade de avaliar no dia a dia
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Toyota Corolla: câmbio CVT é um dos melhores que já tivemos a oportunidade de avaliar no dia a dia

 O câmbio CVT (Continuosly Variable Transmition) apareceu em carros de motores pequenos com a economia de combustível como principal objetivo. Passou a ser acoplado a conjuntos mecânicos de maior cilindrada graças ao desenvolvimento de novos materiais, leves e resistentes, para a correia principal do sistema. Com isso, esse tipo de caixa passou a ajudar não apenas na redução consumo, mas no aumento do conforto, já que não apresenta trancos, com pouca oscilação da rotação.

Por outro lado, o CVT acaba sendo um tanto monótono para quem gosta de dirigir. No sedã da Toyota consegui-se unir  agilidade com baixo consumo. No modo sequencial, que simula 7 marchas, o carro se sai bem e chega até a dar leves trancos como se fosse um modelo com conversor de torque, o que chega até a empolgar, de certa forma. E com apenas gasolina no tanque, mantendo o giro em torno de 1.500 rpm, o consumo mostrado pelo computador de bordo beira os 12 km/l. Nada mau.

2 – Audi RS3 Sedan, S-Tronic, de 7 marchas

Audi RS3 Sedan tem boa parte do bom desempenho por causa do bem acertado câmbio de dupla embreagem
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Audi RS3 Sedan tem boa parte do bom desempenho por causa do bem acertado câmbio de dupla embreagem

 A harmonia de funcionamento entre o motor 2.5, turbo, de cinco cilindros, que gera 400 cv, com o câmbio sequencial, de dupla embreagem é um dos fatores que mais contribuem com o desempenho de tirar o fôlego do sedã esportivo. As trocas rápidas são conseguidas com um nível de precisão impressionante. Isso porque, enquanto uma marcha está engatada, a que virá em seguida já está pronta para entrar em ação, mas girando em falso.

Selecione o modo sequencial e acelere. Há como fazer as trocas por hastes de alumínio, instaladas estrategicamente atrás do volante. O bom escalonamento das marchas é percebido não apenas pela agilidade do carro quando a ideia é atingir o melhor desempenho, mas também quando a poeira abaixa e o que interessa é rodar com o máximo de conforto e o mínimo de consumo possível.

3 – Ford Mustang GT,  Tremec, 10 marchas

Ford Mustang GT: cupê esportivo vem com o primeiro câmbio automático de 10 marchas disponível no Brasil
Caue Lira/iG
Ford Mustang GT: cupê esportivo vem com o primeiro câmbio automático de 10 marchas disponível no Brasil

 No Brasil, o primeiro carro à venda oficialmente com câmbio de 10 marchas é o Ford Mustang GT. O cupê do cavalo prateado na grade dianteira surpreende no desempenho e no quanto consegue transmitir esportividade, não apenas pelo conjunto bem acertado, mas também por detalhes como o ronco grave que sai pelas saídas de escape.

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Com tanta marcha, os degraus entre uma e outras são menores, o que diminuiu os trancos e ajuda no acerto mais preciso em qualquer situação. Se a intenção é extrair o máximo de agilidade você não vai precisar das 10 marchas, mas se quiser poupar um pouco de combustível na estrada, a décima vai ajudar a manter o V8 em baixo giro, o que garante alguns trocos a mais no bolso a hora de abastecer.

4 – Volvo XC40, Aisin, 8 marchas

VolvoXC40 se sai bem com ajuda do câmbio japonês Aisin, de 8 marchas, que pode vir com tração integral
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VolvoXC40 se sai bem com ajuda do câmbio japonês Aisin, de 8 marchas, que pode vir com tração integral

 O menor SUV da marca sueca tem entre as qualidades a caixa japonesa Aisin, de 8 marchas. Tem funcionamento suave, que contribui com o conforto. E trabalha bem com o sistema de tração integral. É controlado por uma pequena alavanca no console central, que requer algum tempo de adaptação para não gerar confusão nos engates, mas nada que atrapalhe no dia a dia.

Com oito marchas, o câmbio também consegue aproveitar o bom nível de força do motor 2.0, turbo, desde as primeiras marcações do contagiros para economizar combustível. Mas para ter as hastes atrás do volante, no caso de optar pelas trocas de marcha sequencial terá que levar a versão topo d elinha T5, a única disponível com o equipamento.

5 – Jeep Renegade, ZF, 9 marchas

Jeep Renegade Trailhawk é uma das versões do SUV que conta com o bom ZF, alemão, de 9 marchas
Jeep Renegade Trailhawk
Jeep Renegade Trailhawk é uma das versões do SUV que conta com o bom ZF, alemão, de 9 marchas

 Demorou um pouco para a FCA acertar a mão com o câmbio automático de 9 marchas, primeiramente com a atual geração do Jeep Cherokee e, posteriormente, no Renegade. Mas hoje em dia, a caixa ZF que funciona em conjunto com o motor turbodiesel 2.0, de 170 cv e 35,7 kgfm a 1.750 rpm, está entre as mais notáveis disponíveis no Brasil.

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Também consegue tirar proveito da força do motor em baixa rotação para fazer dos SUVs da Jeep movidos a diesel carros com câmbios automáticos relativamente econômicos. No caso do Renegade Custom Diesel, o Inmetro diz que o consume urbano fica em 9,4 km/l e o rodoviário em 11,5 km/l. 

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