Com aplicativos e sistemas wireless, os carros conectados correm o risco de serem invadidos e controlados por hackers.
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Com aplicativos e sistemas wireless, os carros conectados correm o risco de serem invadidos e controlados por hackers.

Dados da empresa de consultoria Gartner dão conta que haverá 250 milhões de carros conectados em vias públicas até 2020. Com isso, além da questão da conectividade, o que se refere à segurança também vem sendo desenvolvido por uma série de empresas, entre as quais a Gemalto, que cria soluções de segurança de dados e criptografia para ajudar a proteger o software que opera o carro.

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Dentro desse contexto, passam a entrar entre as novas atividades do setor automotivo a implementação HSMs (Módulos de Segurança de Hardware), bem como serviços de integração, a fim de construir e proteger a infraestrutura PKI (Infraestrutura de Chave Pública) que irá gerar certificados digitais utilizados para autenticar a comunicação entre os carros conectados , os sistemas de backend e as pessoas que interagem com o veículo.

Em um futuro próximo, onde vamos conviver com carros autônomos e cidades inteligentes, a infraestrutura PKI irá prevenir os hackers de interceptar dados compartilhados com outros carros, garagens inteligentes, parquímetros e outros sistemas conectados. Além disso, os hackers também não serão capazes de burlar a autenticação forte que permite o acesso ao carro.

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Portanto, a questão da segurança de dados passa a ser cada vez mais importante. "Os fabricantes de carros devem projetar seus automóveis tendo em mente as funcionalidades de segurança do veículo, sem colocar em risco a promessa dos carros conectados ", disse Kate Migon, Responsável pela Área Automotiva da Gemalto.

E como fica o Brasil?

Compartilhamento de carros da GM e o sistema On Star estão entre os poucos exemplos de conectividade no Brasil
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Compartilhamento de carros da GM e o sistema On Star estão entre os poucos exemplos de conectividade no Brasil

 Conforme Sergio Muniz, Diretor Comercial da Gemalto na América Latina, a tecnologia para carros conectados no Brasil já está disponível. Existem projetos no País, como o que a Embratel disponibiliza para os carros da GM com o sistema OnStar.

Assim como mercados mais maduros fizeram, como Europa e EUA, o Brasil já começa a dar os primeiros passos para um ecossistema automotivo conectado. Regulamentações de privacidade de dados estão a caminho, em linha com as novas regulamentações europeias (GDPR) e, com elas, a preocupação de empresas com a segurança dos dados aumenta e precisa ser pensada.

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Entretannto, de acordo com o que apurou a reportagem de iG Carros, será preciso que exista no Brasil uma infraestrutura bem melhor para os carros autônomos rodarem com segurança. Uma tecnologia dessas só vai funcionar se mais frequências de sinais forem liberadas, o que só seria possível com a extinção de redes não regulamentadas (como as piratas), bem como o 2G, que apesar de ultrapassado, ainda domina uma enorme fatia dessas frequências no Brasil.

 Isso se deve aos preços mais acessíveis tanto dos pacotes de planos telefônicos, quanto dos celulares à venda que só aceitam chips 2G. Por incrível que pareça, ainda há cerca de 45 milhões de planos 2G contratados no Brasil em 2017, segundo afirma Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm, que ainda observa que os Estados Unidos estão quase tirando o 3G de circulação. Além disso, as operadoras deverão oferecer coberturas 5G suficientes para o limite do pacote de dados não acabar em pouquíssimo tempo. Tudo isso é fundamental para o futuro dos carros conectados no Brasil.

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