Tensão entre as marcas emergiu após escândalos envolvendo o ex-presidente da aliança, Carlos Ghosn
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Tensão entre as marcas emergiu após escândalos envolvendo o ex-presidente da aliança, Carlos Ghosn

Conforme apurado pelo jornal americano Financial Times , executivos da Nissan contam com um plano secreto para romper a aliança de mais de 20 anos com a Renault . Caso seja concretizada, a divisão prevê que as marcas se tornariam totalmente independentes em engenharia e manufatura. A reportagem ainda aponta que a relação entre as fabricantes se desgastou após os escândalos envolvendo o ex-presidente Carlos Ghosn.

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Fontes internas consultadas pelo Financial Times afirmam que a parceria entre Renault e Nissan é tóxica, constatando também que a marca francesa prejudica o grupo japonês - também composto por Datsun e Infiniti.

Com volume agregado de 10 milhões de automóveis emplacados por ano, o divórcio entre Renault e Nissan vai contra uma nova tendência de mercado onde fabricantes estão cada vez mais próximas. Em dezembro último, FCA e PSA assinaram um acordo de fusão com volume anual de 8,7 milhões de unidades. A integração total deverá acontecer no fim do ano, ou no começo de 2021.

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Carlos Tavares, da PSA, e Mike Manley, da FCA, durante a formalização do acordo de fusão
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Carlos Tavares, da PSA, e Mike Manley, da FCA, durante a formalização do acordo de fusão

Volkswagen e Ford também oficializaram a nova parceria global em janeiro de 2019, durante o Salão de Detroit (EUA). De acordo com as partes, o acordo tem o objetivo de melhorar a competitividade com inovações e novos serviços aos clientes, com amplo empenho na categoria de veículos autônomos e elétricos. O primeiro produto também está confirmado, e será uma picape média prevista para chegar em meados de 2022. Em seguida, minivans e outros veículos comerciais serão lançados em conjunto na Europa.

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A aliança Renault-Nissan-Mitsubishi se tornou a maior joint automotiva do mundo, com 10,7 milhões de emplacamentos agregados em 2018. Na segunda colocação, surge o Grupo Volkswagen com 10,6 milhões, seguido de perto pela Toyota e seus 10,5 milhões. Um eventual rompimento entre Renault, Nissan e Mitsubishi poderia alterar completamente os rumos que a indústria vem tomando ao longo da última década.

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