Em outubro, a americana Shelby Super Cars (SSC) alegou que o seu esportivo Tuatara havia ultrapassado os 508 km/h e era agora o carro de produção mais veloz do mundo. Mas não demorou muito até que fossem levantadas dúvidas sobre a veracidade do resultado, ao ponto de o fundador da empresa, Jerod Shelby, aceitar fazer uma nova tentativa só para calar as vozes dos críticos.
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O problema é que a SSC ainda não conseguiu chegar perto do resultado de outubro. Entre os dias 12 e 13 de dezembro, a empresa organizou uma nova tentativa de quebra de recorde no estado americano da Flórida, onde o Tuatara atingiu "apenas" 404 km/h como melhor marca.
Uma das alegações dos críticos da quebra de recorde original foi a de que a velocidade recordista foi registrada por uma falha de equipamento. Alegação que foi negada tanto pela SSC quanto pela austríaca Dewetron, que forneceu o sistema de medição via GPS.
Desta vez, além da cobertura de testemunhas independentes, como o youtuber Robert Mitchell , o carro recebeu equipamentos de GPS de cinco fornecedores diferentes para garantir a precisão dos dados, além de ter sido guiado pelo próprio dono do veículo.
Mas de acordo com a SSC, a fiação necessária para o funcionamento dos GPS não permitia o fechamento preciso do capô, o que afetou aerodinâmica do carro, além de comprometer a refrigeração do propulsor.
Em um vídeo publicado no seu canal, Mitchell explica que isso acabou gerando problemas de funcionamento no motor V8 de mais de 1.750 cv do Tuatara. A corrida para quebra de recorde teve que ser interrompida pela metade, por conta do motor estar funcionando com dois cilindros falhando.
A SSC ainda não desistiu de mostrar que o Tuatara é realmente capaz de ultrapassar os 500 km/h. A próxima tentativa de quebra de recorde está programada para 2021.