
A customização ganha cada vez mais espaço também entre os clientes de caminhões e ônibus, mas nesse caso, não se trata apenas de uma questão de estilo, mas sim, de um processo de preparação do veículo para que saia de fábrica pronto para o trabalho no segmento de atuação. Exemplo dessa tendência é a visão da Mercedes-Benz do Brasil, que amplicou o espaço do Custom Tailored Center (CTC), instalado em sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP). Para ser uma ideia do potencial desse tipo de serviço, desde 2015, o CTC da marca já personalizou mais de 15.000 caminhões, com uma média anual de 1.666 unidades. Um número que a Mercedes espera dobrar agora com a expansão do CTC, além de reduzir consideravelmente o tempo de operação e entrega dos modelos customizados aos clientes.
Atualmente, 80% das customizações são para atender o mercado interno, enquanto 15% são voltadas para a América Latina e 5% para exportação. Os setores de mineração, construção, transporte de bebidas e madeira estão entre os que mais demandam ajustes, com 85% das customizações aplicadas em caminhões e 15% em chassis de ônibus, incluindo micros e articulados. No CTC, os clientes recebem veículos adaptados às suas operações, com soluções como kits específicos para diferentes segmentos, ajustes de tanques de combustível para maior autonomia e redução de tara conforme a aplicação. Um dos projetos que passa pelo departamento é o Axor 3131 com direção semiautônoma, já operando 24 horas por dia na colheita da cana-de-açúcar.

Outras montadoras também investem na personalização. A Ford, por exemplo, ampliou as opções da Transit, trazendo ao mercado brasileiro 22 modelos e mais de 60 configurações, incluindo chassi, furgão, minibus e a versão elétrica E-Transit.