Yamaha Tricity
Divulgação
Yamaha Tricity

Está em moda comparar qualquer coisa que já pertence ao passado com a mesma qualquer coisa que se faz no presente. De acordo com os saudosistas, o que se fazia décadas atrás é muito melhor do que o que se faz hoje, mesmo que esses mesmos “saudosistas” tenham nascido há bem pouco tempo e só saibam da existência disso tudo apenas por terem ouvido falar. Há algo, no entanto, que não existia antigamente e hoje alegra a vida de quem curte pilotar motocicletas de verdade de marcas como Honda, Yamaha , BMW, Triumph, entre outras.

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Estou falando dos track days , que reúnem pilotos amadores de todos os tipos em pistas fechadas e com segurança, um local onde quem quer acelerar não precisa se arriscar em rodovias públicas. Atualmente não faltam boas pistas para essa prática, diferentemente do passado, quando apenas poucos autódromos oficiais existiam, e apenas para pilotos federados. Pensando nisso, a Yamaha organizou, para os jornalistas do setor, uma espécie de Track Day na pista do Haras Tuiuti, interior paulista. A diferença é que nós, jornalistas, não tivemos que levar nossas motos, pois a anfitriã colocou à nossa disposição toda a sua linha, desde o novo scooter Neo 125 até a matadora R1M de 200 cv.

 A pista do Haras Tuiuti não é um circuito homologado para competição, apenas para avaliações de veículos e instrução de pilotagem, de forma que não havia um compromisso com técnica apurada no passeio de cada participante, nem controle de tempo de volta. Pista um tanto travada, favorece modelos de pequena cilindrada, uma vez que as motocicletas muito potentes não têm espaço para soltar a cavalaria.

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Circuito travado para motos grandes 

Com os scooteres Neo 125 e NMax 160 a voltinha não era mais do que um passeio, apesar de que, se fosse o caso, seria o local perfeito para uma avaliação bastante critica de suas qualidades dinâmicas. Já o “scootão” TMax 530 mostrou que tem força, mas seu habitat não são as pistas.

 Entre as 125 e 250, que inclui as utilitárias Factor 125 e Factor 150, a Fazer 150 e Fazer 250, e as off road Crosser 150, Lander 250 e Ténéré 250, da mesma forma que os scooteres, não chegam a entusiasmar em uma pista, seja pela potência, seja pela inaptidão com o asfalto. Mas as coisas mudaram de figura na cilindrada dos 321 centímetros cúbicos, para ser bastante exato. Yamaha R3 e Yamaha MT-03 são duas versões, carenada e naked , de um brinquedinho pra lá de divertido. Claro, não são mais potentes nem rápidas que os modelos de maior cilindrada (já, já chegamos lá), mas parecem ter sido projetadas especialmente para acelerar nessa sinuosa pista. Só não podíamos esquecer de manter o motor bicilíndrico sempre funcionando em altíssimas rotações por minuto.

 As motocicletas maiores me agradariam mais em outras paragens. A quadricilíndrica XJ6F exige mais técnica em curvas, por ser maior e mais potente. A bicilíndrica MT-07 é também muito divertida, muito torque nas mãos, porém em uma posição de pilotagem mais elevada, assim como a tricilíndrica MT-09, que já começa a ser demais para aquele circuito. Com a MT-09 Tracer, com carenagem, malas e equipamentos extra, a vontade era pular o gard-rail e cair na estrada. O mesmo para a enorme Super Tenéré 1200 e suas três malas igualmente enormes feitas para longas viagens internacionais. Bem, havia ainda a custom Midnight Star, pouquíssimo à vontade nas fechadas curvas do Haras.

Também tinha superbike e scooter-triciclo 

 Além de todas essas motocicletas, havia ainda duas grandes estrelas disponíveis para uma voltinha, a superesportiva YZF-R1M e o scooter-triciclo Triicity, a primeira por ser uma edição especial e ainda mais potente da R1 normal, com seus 200 cv de potência e custando R$ 170.000, e a outra por ter uma roda a mais e ainda por cima não estar disponível em nosso mercado. Nem é preciso dizer que, para aproveitar um tantico de nada do potencial da R1, era preciso ser mágico naquela pista. Impossível engatar segunda marcha e acelerar com vontade. Mas o scooter-triciclo serviu para conhecermos algo novo e diferente, que já passou por aqui com outras marcas porém não se fixou na memória.

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 Como se pode notar na única foto do dia, o Yamaha Tricity 125 seria um scooter comum, se tivesse apenas uma roda dianteira. As duas rodas têm um complexo mecanismo de suspensão e direção e inclinam juntamente com o veículo. O resultado é um pouco mais de aderência e um pouco mais de estabilidade na dianteira. Atrás, tudo igual. A constatação mais interessante é que, olhando do guidão, não se vê nem se nota que há duas rodas dianteiras.

 Pilotagem absolutamente normal. O motor de 125 cm 3 e 12 cv é meio fraco para essa parafernália toda, mas há na Europa uma nova versão de 155 cm 3 e 15 cv. Se vem para o Brasil? Provavelmente não. O dia foi longo mas valeu cada minuto. Esse é mesmo o tipo de diversão que eu gosto. Está bem, eu sei que havia uma outra pista, cheia de terra e de obstáculos, com a linha off-road da marca, as Yamaha YZ, TT e WR, mas nem fui lá ver. Muita poeira. 

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