Harley-Davidson Owners Group: Com a Harley Ultra Limited, ouvindo rock nas alturas e a caminho de Foz do Iguaçú
Victor François
Harley-Davidson Owners Group: Com a Harley Ultra Limited, ouvindo rock nas alturas e a caminho de Foz do Iguaçú

Ter uma Harley-Davidson como a sua motocicleta não é uma simples questão de escolha de marca, é muito mais do que isso. Quem compra uma Harley, com a plena consciência do que ela representa, leva junto uma série de benefícios que outras marcas também gostariam de oferecer na mesma intensidade – algumas já trabalham fortemente para isso.

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Ao comprar uma Harley-Davidson em um concessionário oficial, você recebe uma carteira de sócio do HOG (Harley Owners Group) sem anuidade por um ano (45 dólares), e começa a participar as atividades do grupo. Cada concessionária forma um Chapter, ou seja, uma sede regional que, em eventos nacionais, organiza a programação com seu grupo. Todos os cargos são voluntários, inclusive o de Road Captain, aquele que fica responsável pela logística e pela segurança do grupo na estrada. O HOG não é um motoclube e nem obedece a algumas rígidas regras desse tipo de associação.

Durante o ano, cada Chapter promove vários eventos locais, mas o mais aguardado pela maioria é o National HOG Rally, que reúne em um só local todos os Chapters, que vêm de suas respectivas regiões. Este ano o NHR aconteceu na cidade de Foz do Iguaçú, no Paraná, entre os dias 7 e 10 de setembro (feriado prolongado de 7 de setembro). Fui gentilmente convidado pela Harley-Davidson do Brasil para participar do grande evento e, no dia 6 de setembro, bem cedinho, juntei-me ao Chapter ABA São Paulo – ABA é uma concessionária localizada na zona oeste da capital. Viajei com uma Ultra Limited.

Para um adepto do “quanto mais quilômetros, melhor” como eu, rodar 1.150 km, distância entre São Paulo e Foz, em dois dias, com 9 horas de estrada em cada um deles, poderia parecer monótono, mas eu sabia que não seria assim. Não seria esse o espírito Harley, nem HOG. Tudo ocorreu de forma perfeita, graças à extrema organização do grupo. Quem frequenta estradas, no entanto, sabe que nem sempre é assim, mas o planejamento do time do Chapter ABA, em especial os Road Captains, fez com que tudo desse certo. O time organizou as paradas para abastecimento, as passagens rápidas pelos 17 pedágios e se preparou para quaisquer pequenos inconvenientes que pudessem surgir. Não surgiu nenhum.

Ao fim do primeiro dia, chegamos ás 16h00 na concessionária H-D de Londrina, onde uma grandiosa festa nos esperava. Vários Chapters, que inclusive se cruzaram pela estrada, chegaram para essa festa. No Brasil, são 21 Chapters. Depois hotel, jantar e descanso, para voltar à estrada no dia seguinte às 6h00.

Você viu?

Às 15h00 do dia 7 de setembro chegamos ao grande hotel Mabú Thermas Grand Resort, em Foz do Iguaçú. A festa era enorme, 1.200 pessoas e 800 Harleys marcavam seus lugares no hotel e no estacionamento, vindos de todas as partes do país.

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Desde a festa na piscina, naquele mesmo dia, o jantar na Argentina, na cidade vizinha Puerto Iguazú, o passeio nas Cataratas do Iguaçú no dia seguinte, a festa a fantasia no jantar, no hotel, e o desfile de todas as motocicletas por dentro da usina de Itaipú, no sábado, tudo foi uma grande festa. Sempre alternando com as festas na beira da piscina e o Motor Games, gincana na qual os associados do HOG mostram suas habilidades em manobras com suas Harley. Não é preciso nem dizer que o rock não parou durante todo o evento, com shows ao vivo tanto nas festas de piscina quanto nos jantares.

Born to be Wild

Foi a segunda vez que eu participei de um National HOG Rally. Da primeira vez, em 2007, o destino era Búzios, no litoral norte do Rio de Janeiro, ainda com o importador da marca e não a H-D oficial. Como não havia Chapters distribuídos em concessionárias, praticamente todas as motocicletas saíram de São Paulo rumo a Búzios ao mesmo tempo. Mesmo assim não houve problemas e chegamos ao destino, cerca de 500 km distante, no mesmo dia. Naquela ocasião, a viagem foi mais uma rápida aventura, já que fui com uma DeLuxe sem o mesmo conforto da Ultra Limited. Desta vez curti de montão quase todas as regalias que a motocicleta oferece, em especial o sistema de áudio. Com meu iPod de estimação e minhas playlists com músicas bem escolhidas, não tive nenhum constrangimento em aumentar pra valer o volume do rock’n’roll. Meu companheiro de estrada, o sempre solícito e energizado Victor François, assessor de imprensa da Harley, foi obrigado a ouvir minhas músicas por pelo menos 75% do percurso.

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Não, não usei nem o navegador nem o controlador de velocidade de cruzeiro. Prefiro acelerar e seguir meu caminho. Sei que muitos motociclistas com gostos diferentes torcem o nariz para essa grande família Harley-Davidson, mas isso acontece certamente porque nunca experimentaram o mundo paralelo que as motocicletas da marca proporcionam para quem dá valor ao convívio social, da mesma forma que valorizam a pilotagem. Não é à toa que a filosofia do HOG é “Ride And Have Fun”, ou seja, pilote e divirta-se.

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