Como se pode perceber, não pude experimentar o novo Kawasaki, porque não tenho “carteira de motorista” para Jet Ski
Gabriel Marazzi
Como se pode perceber, não pude experimentar o novo Kawasaki, porque não tenho “carteira de motorista” para Jet Ski

Para avaliar uma motocicleta, os requisitos necessários são sempre um bom equipamento de proteção e um local apropriado para cada tipo. Uma estrada para as touring, uma pista para as esportivas e um misto de tudo, incluindo a selva urbana, para as utilitárias. Mais ou menos assim. Isso porque aqueles que realmente gostam da vida sobre duas rodas, acabam encontrando muitos outros meios e locais para conhecer uma motocicleta. Mas e quando se trata de um Jet Ski? Como o Kawasaki SR-X?

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Se o novo produto não tem as duas rodas, como de costume, aí a “pista” de teste é outra. Como se pode perceber pela foto, eu não pude experimentar o novo Kawasaki SR-X, por um motivo bastante simples: não tenho “carteira de motorista” para moto aquáticas, que corresponde a uma licença de Arrais Amador ou Motonauta, de acordo com a legislação atual. Mas pude fazer uma bela pose em cima do Jet Ski, o que serviu apenas para lembrar da época em que não era exigida a habilitação e eu podia me divertir na água em um lançamento como esse.

A primeira vez que pilotei uma moto aguática foi em 1991, justamente no lançamento de uma moto aquática da Kawasaki, e exatamente no mesmo local escolhido para este lançamento, a praia da Enseada do Guarujá, SP, em frente ao Costão das Tartarugas. É lá que está a Kawasaki One, loja náutica do piloto de motocicletas Denísio Casarini, que organizou o evento para alguns jornalistas.

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Eu avaliava motocicleta para um jornal de São Paulo e o editor descobriu que eu velejava. Daí eu me tornei a melhor opção para experimentar a novidade. Gostei. Lembro que pilotar uma moto aquática do tipo stand-up, daquelas em que o piloto vai de pé, não era nada fácil, mas minha forma física de 27 anos atrás permitiu que eu me divertisse muito.

Ainda naquela época, a popularização das motos aquáticas do tipo X-2, em que o piloto vai sentado, como em uma motocicleta, e ainda leva um garupa, foi decisiva para o desenvolvimento da categoria. E eu passei a avaliar também as motos aquáticas. Não é nem preciso dizer que as X-2 são bem mais fáceis de serem pilotadas e, dessa forma, muito mais divertidas.

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A Kawasaki chama suas motos aquáticas de PWC, que significa Personal Watercrafts, e o termo Jet Ski é sua marca registrada, ou seja, apenas as Kawasaki podem ser chamadas oficialmente de Jet Ski. Isso apesar de o termo ter se tornado um tanto genérico, assim como “gilete”, ou “cotonete”. A Kawasaki se orgulha de ter comercializado a primeira moto aquática, apesar de não ter sido sua a invenção. A ideia foi do norte-americano Clayton Jacobson II, ainda nos anos 60. Na década seguinte, ele fez um acordo com a Kawasaki, que passou a produzi-los primeiramente para dar de brinde aos clientes da marca, e depois para comercialização.

Potência sobre o casco

O novo Jet Ski SR-X é do tipo stand-up, que atualmente é mais indicado para competições, e inova nesse segmento com o também novo motor quatro tempos de quatro cilindros e 1.498 cm3 de cilindrada. Uma verdadeira usina de força, com potência de 160 cv, o dobro da potência de seu antecessor, o Jet Ski 800 SR-X, que ainda utilizava um motor dois tempos. Esse mesmo motor de 1,5 litro, com supercharger e intercooler, chega aos 310 cv e equipa o Jet Ski Ultra 310, uma moto aquática de luxo que leva até três pessoas e tem até sistema de som.

Apesar de, às vezes, causar alguns acidentes com banhistas, por usuários que insistem em não obedecer às regras de utilização do produto, o Jet Ski é bastante seguro. A propulsão não é por hélice, como nos barcos, mas sim por jato de água, que pode ser direcionado pelo guidão. A refrigeração do motor utiliza a mesma água da propulsão, que é coletada embaixo do casco, passa pelo motor e sai pelo direcionador de alumínio. O Jet Ski Kawasaki SX-R custa R$ 79.990.

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