A pilotagem da Royal Enfield Classic Chrome  é confortável e prazerosa
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A pilotagem da Royal Enfield Classic Chrome é confortável e prazerosa

Em quase um ano de namoro com o motociclistas brasileiros, a Royal Enfield já conquistou muitos corações. Não há um padrão, mas os “roialeiros” que rodam por aí foram atraídos primeiramente pelo visual vintage das motocicletas da marca indiana, depois pelo menor investimento de aquisição. Ou ao contrário, dependendo do caso. O fato é que esses motociclistas estão criando seu próprio círculo, aproveitando a facilidade que os três modelos têm em atrair semelhantes. Principalmente a Classic e a Bullet, que têm mais ainda o jeitão retrô.

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Eu já comentei aqui que as Royal são mais que retrô, pois mantiveram sua essência desde que começaram a ser produzidas, diferentemente das releituras que as marcas mais modernas estão fazendo atualmente. Só que incorporaram tecnologia atual, como a injeção eletrônica de gasolina e o sistema ABS dos freios.

O resultado é uma pilotagem única, bem diferente da pilotagem das motocicletas modernas, principalmente as mais esportivas, porém com características muito peculiares.

Para descobrir como os roialeiros estão circulando por aí em suas Classic e Bullet, passei uma semana rodando diariamente com uma Classic Chrome, aquela que tem os para-lamas e parte do tanque cromados. Assim como qualquer motocicleta diferente, a Royal atrai olhares, principalmente de outros motociclistas, mas em especial daqueles que curtem modelos e aparência antiga. Em um semáforo, o motoqueiro me fez muitas perguntas sobre a moto, disse que estava bonita e por fim, quase abrindo o verde, perguntou o ano. Parece que ele não acreditou que era 2017/2018, acelerou e foi embora.

Dentro do portifólio da marca, a Royal Enfield Classic é a mais bonita, justamente pelos cromados e pelo banco tipo selim de couro marrom. O banco é confortável e a motocicleta avaliada veio com banco e pedaleiras para o garupa. A posição de pilotagem é a mais convencional possível e os comandos são de fácil manuseio. Felizmente dotaram a motocicleta clássica com punhos modernos, praticamente iguais aos existentes em motocicletas comuns. Os colecionadores que digam, motocicletas europeias dos anos 60 tinham comandos muito precários.

Já o painel de instrumentos é mais fiel à tradição, com um velocímetro circular analógico no centro e, mais embaixo, um miolo de chave de ignição daqueles bem antigos, ao lado de um mostrador com lâmpadas indicadoras do sistema de injeção e de reserva de combustível. A trava do guidão ainda fica na mesa inferior da suspensão.

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O velocímetro, que marca até 160 km/h, não é muito pequeno, mas fica quase na horizontal, o que atrapalha um pouco a visualização. Já as lâmpadas indicadoras de setas, farol alto e ponto-morto, que ficam dentro do velocímetro, dificilmente são vistas durante o dia.

Como anda?

O motor é um monocilindro de quatro tempos refrigerado a ar, de funcionamento muito simples, com cilindrada exata de 499 cm3 e potência de 27 cv. A alimentação é por injeção eletrônica de gasolina e o torque de 4,2 kgfm surge muito cedo, o que dá uma grande elasticidade ao motor em baixas rotações, não necessitando utilizar a todo momento as trocas de marchas no câmbio de 5 marchas. O funcionamento do motor é suave e compassado. Além da partida elétrica, as Royal ainda mantém o pedal de partida, do lado direito do motor.

Apesar de ter injeção eletrônica, a Royal Enfield tem afogador, sistema que, nos antigos carburadores, enriquecia a mistura ar/combustível, para melhorar o funcionamento com motor frio. A alavanca fica no punho esquerdo do guidão. É mais um detalhe que reforça ainda mais o status de motocicleta “antiga” das Royal.

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Freios e suspensões são eficientes, adequados para o tipo da moto, o que permite utilização diária com conforto e segurança, na estrada ou na cidade. Logicamente a concepção da moto não lhe dá a mesma agilidade de um modelo atual, mas essa é uma das características que tornam a Royal uma motocicleta especial. Pilotá-la é sempre um prazer, parece mesmo que estamos conduzindo uma motocicleta dos anos 60.

Começando a fazer diferença pelas ruas, a Royal Enfield está ficando cada vez mais conhecida e está agradando seus novos adeptos. A Royal Classic Chrome custa R$ 21.900.

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