A publicidade automotiva nos anos 70 era bem mais agressiva. Na verdade era mais divertida também. Os publicitários abusavam da criatividade, provocavam os concorrentes e incitavam os compradores a pisar fundo e conhecer os limites dos carros.

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Esse último fato, em especial, é marcante na época do lançamento do Opala . O modelo da Chevrolet, derivado do Opel Rekord, chegou ao mercado brasileiro em 1967. Realmente era algo diferente e inovador, com um desenho bastante atual e moderno.

A versão SS chegaria três anos mais tarde. O primeiro diferencial diz respeito à sigla. Nos Estados Unidos o significado é simples e direto: Super Sport. Já no Brasil ele se refere aos assentos separados, o seja, Separated Seats. Mas nem por isso perde a majestade.

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No primeiro ano a Chevrolet lançou o esportivo em versão quatro portas. A carroceria cupê chegaria em 1972 e combina muito mais com a proposta do SS. O desenho que desce com suavidade passa uma impressão de leveza e também acentua sua esportividade. Isso é fortalecido pela lateral sem coluna, que enfatiza o design.

Outro diferencial diz respeito à parte mecânica. As versões Comodoro e De Luxo utilizavam o motor de seis cilindros em linha e 3,8 litros. Já a esportiva recebeu o bloco de 4,1 litros. Desse modo entrega 140 cv com o torque razoável de 29 kgfm.

O exemplar de 1972 que ilustra matéria em vídeo traz a particularidade de nunca ter sido restaurado. São quatro décadas de história do mesmo modo que saiu da concessionária. O atual proprietário comprou o carro de uma viúva.

Super Sport

Opala SS
Renato Bellote/iG
Opala SS

O modelo agrada na condução. A transmissão de quatro velocidades tem engates precisos e a embreagem é macia. Uma característica dos Opalas até 1975 e que pode ser ouvida do lado de fora é o “clic” a cada troca de marcha, devido ao trambulador usado na época.

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A posição de dirigir também é um de seus pontos fortes. O volante de três raios e grande diâmetro, com a clássica inscrição no centro, tem aro fino e boa pegada. O campeão mundial Jackie Stewart elogiou essa mesma qualidade quando testou o carro para a Revista Quatro Rodas, em companhia de Emerson Fittipaldi.

O ano de 1980 marcou a despedida da versão SS, com faixas pretas nas laterais e motorização de quatro e seis cilindros. Porém, ela permanece viva no slogan de época: o carro que vai transformar você num Super-Star.  

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