A trajetória do Ford Mustang, como toda grande história, teve altos e baixos. O modelo é fruto da ideia genial de Lee Iacocca, chegou às lojas em meados da década de 60. Logo de cara superou a expectativa inicial de vendas da marca e inaugurou o segmento dos pony cars, os carros compactos, para o padrão norte-americano, claro. 

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Durante os anos seguintes o Ford Mustang ficou mais forte e com um estilo cheio de personalidade. Surgiram versões mais bravas, com a chancela de Carroll Shelby, que aumentaram ainda mais a fama do carro. Motores de até sete litros faziam a alegria dos entusiastas e eram vendidos como opcionais a preços módicos.

Na década de 70 ele cresceu em tamanho mas manteve a essência esportiva. As versões Mach 1 e Boss fizeram jus à tradição de pista e aumentaram a rivalidade com outros modelos da época. Persianas, rodas, carburadores de alta vazão e chamativos scoops deram o tom nesse período.

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Mas a crise do petróleo mudaria um pouco sua trajetória. A partir de 1974 o Mustang II daria início a uma fase bastante conturbada. Carrocerias sem personalidade, motores de baixa compressão e grafismos de gosto duvidoso quase encerraram sua carreira de sucesso. Quase, eu disse.

A ressureição do Pony Car

Ford Mustang V8 com câmbio manual de cinco marchas, em perfeito estado de conservação, apesar dos mais de 20 anos
Divulgação
Ford Mustang V8 com câmbio manual de cinco marchas, em perfeito estado de conservação, apesar dos mais de 20 anos

A quarta geração lançada em 1994 restaurou o brilho do Mustang. O design passou a seduzir novamente os espectadores. As opções de motorização inicialmente se resumiram ao V6 e ao V8, mas logo a versão Cobra chegaria para apimentar a receita.

O exemplar da matéria esbanja estilo e está em excelente estado de conservação, algo difícil de ver nos modelos dessa época, visto que muitos entraram no Brasil, especialmente por conta do dólar bastante favorável naquele período inicial do plano Real.

O motor V8 dessa primeira fase também é um velho conhecido: o 302 V8 com 215 cv e injeção eletrônica, uma versão modernizada da que foi usada por aqui nos modelos Galaxie e Maverick. O conjunto com câmbio manual trouxe de volta o espírito dos primeiros anos. É uma experiência bem divertida.

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Na semana passada a fabricanrte anunciou oficialmente a chegada da oitava geração do Ford Mustang ao Brasil. Finalmente teremos por aqui a velha rivalidade com o Camaro e também uma opção a mais com motor V8. Na semana que vem trarei outra geração do mito para falarmos mais sobre essa história. Até lá!

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