Fala, galera. Beleza? Gostaria de relatar brevemente uma experiência que vivenciei neste mês. Recebi com muita honra e alegria o convite para participar de um painel no Evento Ampère, que aconteceu entre os dias 22 e 25 de novembro no Mineirão.
Para muitas pessoas que já atuam com a mobilidade de forma totalmente profissional, pode ser uma atividade recorrente. No meu caso, trata-se de uma experiência nova e considero um marco em minha vida.
Quero lembrar que a minha participação no mundo da mobilidade elétrica começou por uma necessidade particular, que permitiu conhecer pessoas sensacionais e apaixonadas. A empolgação dessas pessoas (e a falta de paixão de outras) me levaram a iniciar minha fase de comunicador. Não gosto de usar a etiqueta de influenciador, dá a impressão que a decisão que cada um toma é responsabilidade de terceiros.
Mas voltando ao Evento Ampère, após a indicação de um grande colega, o Evandro Mendes, conheci o Edgard e o Robson da Barassa & Cruz Consulting. Eles buscavam ouvir sobre a experiência de usuários de veículos elétricos. Após um pouco mais de um ano, surgiu o convite para participar de um painel do Evento Ampère 2022 sobre o mesmo tema.
Aceitei o convite de prontidão e já comecei a me organizar para cumprir a missão. A ideia inicial era cruzar a Eletrovia do Pão de Queijo (Fernão Dias) com carro elétrico. Mas por motivos logísticos precisei alterar meus planos.
Garanto que não foi por falta de carregadores ao longo do trajeto. Pelo contrário, recentemente foram inaugurados mais dois carregadores de carga rápida no trajeto, o que tornaria a viagem bem mais tranquila. Precisei mudar meus planos para o avião devido não dispor muito tempo para ficar fora de São Paulo.
Garanti as passagens de ida e volta no mesmo dia. Combinei com meu parceiro de painel uma carona para o evento e tudo organizado. O mais interessante é que busquei um carro elétrico em BH para alugar e não havia nenhum disponível. Não havia, mas um dia antes da viagem, surgiu a opção pela Movida. Agora é tarde, a carona já estava combinada.
Bem, chegou o grande dia. Fiz a minha pequena maratona matinal para deixar os filhos na escola e fomos rumo ao aeroporto de Guarulhos, o Chapolin e eu. Deixei o carro no estacionamento BR Express Parking devido ao carregador que há no estacionamento.
Até pensei em parar no estacionamento do Terminal 1, que também possui um carregador da EDP, mas deixando um pouco mais distante, conseguiria uma economia. Foi a melhor coisa que fiz. Chegando no estacionamento, me informaram que o terminal 1 do aeroporto estava interditado pela chuva do dia anterior. Eu iria pagar mais caro, andar mais e poderia até perder o voo. Mas deu tudo certo.
Cheguei em BH com carona garantida, almoço na barriga. Agora vamos para o evento. Meus parceiros de painel foram Ana Carolina Navarro, Edgard Barassa e Zeno Nadal, time de peso que tornou ainda mais especial minha participação. Foi uma discussão muito interessante sobre as experiências de cada um e as expectativas da área.
Após o painel, tive a oportunidade de conversar com alguns motoristas de App de BH que também apostaram na mobilidade elétrica como ferramenta de evolução na prestação de seus serviços. Lógico que nem tudo são flores, todavia é a visão crítica que permite a evolução.
Pude conferir os stands dos expositores acompanhado do meu amigo “mineirim” Filipe Lana e observar o quanto as empresas de mobilidade elétrica apostam em terras de Tiradentes, desde projetos universitários até a apresentação de veículos que serão usados no BRT de Salvador. Posso dizer que ainda não atingiu o mesmo patamar que outros estados, como SP, PR, SC e RS, mas é uma região muito estratégica para garantir a conexão de diversos corredores eletrificados de Norte a Sul do país.
Para conseguirmos viajar de Natal a Porto Alegre de carro elétrico, basta a cobertura de menos de 25% da distância total, um pequeno trecho de aproximadamente 1.000 km entre Feira de Santana/BA e Curvelo/MG. Pode até parecer muito, mas apenas cinco carregadores a mais garantiriam a integração entre o Norte e o Sul.
Retornei para São Paulo após um voo um tanto quanto turbulento. Peguei Chapolin com 100% das suas baterias carregadas e eu com as minhas energias renovadas. Apesar do cansaço, participar de um evento como o Ampère meu permitiu ter uma avaliação de como anda o desenvolvimento da mobilidade elétrica um pouco além da minha zona de conforto.
Há muito o que se fazer Brasil afora. Estamos no princípio de uma história de sucesso. O Brasil tem tudo para se tornar referência mundial em relação à mobilidade elétrica e a produção de energia renovável. Para que você possa ter uma ideia como estamos, sugiro a leitura do 2º anuário brasileiro da mobilidade elétrica.
Acredito que o texto desta semana ficará um pouco mais curto que os demais, mas deixo uma pequena sugestão: observem os eventos nos grandes centros para saber como as empresas desenham o futuro e acompanhem os eventos fora dos principais circuitos para saber como está a mobilidade elétrica nos tempos atuais.
Então, meu caro leitor, sempre que tiver a oportunidade de participar de um evento de mobilidade elétrica, independentemente de onde seja, vá. Garanto que todo esforço será remunerado com experiências e alianças imprescindíveis para o desenvolvimento de um produto com a nossa cara, com a cara do Brasil.
Me chama que eu vou e até mais.