Chevrolet Equinox: SUV segue o estilo do Cruze, mas com desempenho empolgante do motor 2.0 do Camaro
Carlos Guimarães/ iG
Chevrolet Equinox: SUV segue o estilo do Cruze, mas com desempenho empolgante do motor 2.0 do Camaro

Os entusiastas do volante têm precisado se conformar com a redução cada vez maior de oferta de carros bons de guiar, como hatches médios e peruas, fortemente prejudicados pela invasão dos SUVs. Porém, não é que o Chevrolet Equinox Premier (R$ 149.900) aparece como uma grata surpresa? Feito sobre a mesma base do Cruze e com motor 2.0, turbo, que equipa as versões mais em conta do Camaro nos EUA, o carro pode parecer apenas mais um utilitário esportivo dos vários que apareceram nos últimos tempos, mas provou que vai além de levar as crianças à escola ou marcar presença no shopping.

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 A tração integral também ajuda a tornar a viagem mais animada ao pisar no acelerador, distribuindo bem os 262 cv de potência e os nada desprezíveis 37 kgfm de torque a 4.500 rpm. Ouse a pressionar no pedal da direita com vontade e o Chevrolet Equinox dispara como um esportivo empolgante, inclusive, deixando um ronco grave no ar. Pois é, meu amigo, que tal um SUV de 1.693 kg conseguir fazer de 0 a 100 km/h em apenas 7,6 segundos? Nada mau. Entretanto, o SUV também mostrou que tem outras qualidades além do bom desempenho.

Sim, o conjunto do modelo da GM ficou bem acertado. O carro tem estrutura sólida, mostrando rigidez torcional boa o suficiente para transmitir segurança nas curvas e ao enfrentar os obstáculos no dia a dia sem rangidos e facilitando o trabalho do conjunto de suspensão. Ponto positivo também para a direção com assistência elétrica, leve nas manobras e precisa em velocidades mais altas, apesar do volante ser o mesmo do Cruze. Se acelera bem, o SUV precisa ter bom de freios, que são a disco nas quatro rodas e equilizados corretamente.

Na versão topo de linha, basta passar um dos pés sob o para-choque traseiro para abrir a tampa do porta-malas
Divulgação
Na versão topo de linha, basta passar um dos pés sob o para-choque traseiro para abrir a tampa do porta-malas

O que faltou foi um comando sequencial do câmbio automático de 9 marchas condizente com o apetite do carro por asfalto. Ter que fazer as trocas por um botão na parte de cima da alavança é desanimador e prejudica uma tocada mais animada em trechos sinuosos, cheio de curvas, quando é preciso estar com as duas mãos no volante. O ideal seriam as práticas hastes próximas da coluna de direção. De qualquer forma, as relações da caixa automática estão bem escalonadas e contribuem com o fôlego de sobra para ultrapassagens e retomadas. Por outro lado, a distância livre do solo um tanto baixa acaba fazendo a parte de baixo do para-choque raspar em valetas, lombadas e rampas com certa facilidade.

Conforto de primeira classe

Outros dois aspectos que causam boa impressão ao dirigir o Equinox são o isolamento acústico caprichado e a longa lista de equipamentos de série. Entre os destaques há sistema multimídia com tela de alta resolução com GPS embutido, carregador de celular sem fio, teto solar panorâmico, sistema que ajuda a estacionar o carro sem precisar mover o volante, tampa do porta-malas com abertura e fechamento elétrico (inclusive, por sensores sob o para-choque traseiro), alertas de ponto cego e de colisão iminente, entre vários outros itens.

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Os bancos revestidos de couro, bem como o nível de acabamento e o espaço interno que leva cinco ocupantes sem nenhum aperto também fazem parte das principais qualidades do Equinox Premier, versão topo de linha do SUV que vem importada do México com a difícil missão de enfrentar o Jeep Compass no Brasil, modelo líder de vendas no segmento e que é difícil de ser superado. A GM não tem a intenção de liderar vendas nesse terreno, mesmo porque tem uma cota limitada que pode trazer do mercado mexicano. 

O bom porta-malas de 468 litros é outro item que agrada no Equinox, que se mostra uma boa opção de SUV para família, principalmente aquelas em que o motorista faz questão de uma certa sobra de fôlego. Porém, para um carro com tanta potência e bom porte, o tanque de 59 litros acaba limitando um pouco a autonomia, em torno de 590 quilôletros considerando o consumo médio de 10 km/l de gasolina na estrada, de acordo com o Inmetro, que também diz que o carro faz 8,4 km/l na cidade. 

O estilo do Equinox segue o padrão do Cruze, do qual é derivado. Por fora, basta dar uma olhada nos faróis (com filetes de LED) e lanternas. A área envidraçada também é elogiável, proporcionando boa visibilidade. Além disso, as rodas de aro 19 merecem destaque, montadas em pneus de perfil baixo (235/50R 19). Mas é no interior que a semelhança com o Cruze não deixa dúvidas. Painel, mostrador e até as alavancas dos piscas e do limpador de para-brisa vêm do modelo médio, o que dá uma sensação de “déjà vu”.

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Conclusão

 Poucos são os SUVs do mesmo porte do Equinox que oferecem tanta potência por um preço relativamente convidativo. A extensa lista de itens de série também chama atenção, bem como o espaço interno e conjunto bem acertado como um todo. No cômputo geral, trata-se de um carro surpreendente, principalmente pelo desempenho.

Ficha técnica

Preço:  R$ 149.900

Motor: 2.0, quatro cilindros, turbo, gasolina

Potência (cv): 262 a 5.500 rpm

Torque (kgfm): 37  a 4.500 rpm

Transmissão: Automática, nove marchas, tração integral

Suspensão: Independente (dianteira) / multibraço (traseira)

Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira

Pneus: 235/50 R19

Dimensões: 4,65 m (comprimento) / 1,84 m (largura) / 1,69 m (altura), 2,73 m (entre-eixos)

Tanque : 59 litros

Consumo:  8,4 km/l na cidade e 10 km/l estrada

0 a 100 km/h: 7,6 segundos

Vel. Max: 210 km/h 

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