Renault Duster 1.6 CVT: o aspecto é o mesmo de sempre, mas a dose de conforto aumentou com o novo câmbio
Caue Lira/iG
Renault Duster 1.6 CVT: o aspecto é o mesmo de sempre, mas a dose de conforto aumentou com o novo câmbio

Vai entrar na onda nos SUVs, mas quer um modelo bem equipado, com câmbio automático, sem pesar muito no bolso? Então a opção mais em conta que vai encontrar é o Renault Duster Dynamique 1.6 com caixa CVT, cujo preço sugerido pela fabricante parte de R$ 81.490. Por esse valor, o carro vem com itens interessantes como multimídia com GPS e câmera de ré, bancos revestidos de couro e controlador de velocidade de cruzeiro (“piloto automático”).

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A lista de equipamentos continua com boas surpresas, como controle eletrônico de estabilidade (ESP), faróis de neblina, sensores nos para-choques traseiros (para ajudar nas manobras de estacionamento), rodas de liga-leve, volante multifuncional, entre outros. Existe até um SUV automático que custa um pouco menos que o modelo da marca francesa, o Nissan Kicks S CVT (R$ 80.990), mas com um pacote de itens de série mais modesto.

Se você não liga muito em ter um carro estiloso, que salta aos olhos, o Duster 1.6 CVT deve ser uma opção a ser considerada na hora da escolha não apenas pela relação entre custo e benefício, mas também pelo bom espaço interno e pela robustez do conjunto, inclusive de suspensão. Passar por trechos esburacados não é problema para o SUV da marca francesa, nem superar obstáculos como valetas e lombadas sem correr o risco de raspar a parte de baixo do para-choque dianteiro.

Bruto, pero no mucho

 Apesar do considerável vão livre do solo de 21 centímetros, como agora o carro vem com controle de estabilidade (ESP), contornar curvas ficou mais seguro. Claro, o Duster está longe de ter alguma vocação esportiva, mas passa a transmitir mais segurança com o ESP. Bom também é que a assistência eletrohidráulica da direção ajuda a tornar as manobras mais fáceis, assim como a câmera de ré e os sensores nos para-choques.

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 O eficiente motor 1.6 SCe, feito todo de alumínio, cumpre bem o seu papel, garantindo alguma agilidade no dia a dia para ultrapassagens seguras e funcionando bem com o câmbio CVT, com relações de marchas contiunuamente variáveis. Aqui, o destaque fica por conta da suavidade de funcionamento, sem trancos ao pisar no acelerador. Mas não espere nada que empolgue. A vocação do Duster é andar sem muita pressa.

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Divulgação

Interior inclui bancos revestidos de couro e alavanca de câmbio de aspecto moderno

O que também chama atenção ao volante do Duster CVT é que o carro evoluiu quando o assunto é nível de ruído. A caixa automática funciona com suavidade e não chega a fazer o motor 1.6 gritar por sempre procurar mantê-lo em níveis civilizados de rotação. Se quiser, pode-se selecionar o modo sequencial, com trocas para frente ou para trás, por meio da própria alavanca no assoalho (aliás, com desenho mais moderno que o da não recomendada versão 2.0 automática).

Bem que o consumo poderia ser um pouco menor. Conforme os dados do Inmetro, o Duster 1.6 CVT faz 10,2 km/l de gasolina na cidade de 10,8 km/l na estrada. Questões como as relações peso-potência (10,3 kg/cv) e peso-torque (76,5 kg/kgfm) um pouco acima do ideal, bem como a aerodinâmica fora do grupo das mais eficientes (Cx de 0,40), acabam fazendo o carro consumir mais do que deveria. Entretanto, a eficiência do motor 1.6 em conjunto com a caixa CVT acabam levando a um resultado razoável no final das contas.

Portanto, guiar o Duster CVT não é um a experiência emocionante, mas tenha certeza de que o carro cumpre bem o seu papel de modelo familiar, até com uma surpreendente dose de conforto. Inclusive, se for preciso enfrentar algum trecho de terra pelo caminho, o SUV é valente com 30 graus de ângulo e entrada e 22 graus de saída. Porém, fuja das trilhas radicais, quando uma tração integral torna-se imprescindível.

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Em se tratando de um carro para família o que também agrada no Duster CVT é o espaço, inclusive no porta-malas de 475 litros de capacidade. É cinco ocupantes viajam ser aperto. Entretanto, afora os bancos revestidos de couro, há plástico por toda parte, o que não consegue disfarçar a origem humilde do SUV da marca francesa. Por outro lado, a ergonomia melhorou depois que os comandos dos vidros e dos retrovisores passaram para as portas, mas ainda pode evoluir, já que é preciso desviar o olhar para baixo para visualizar a tela do sistema multimídia.

Conclusão

 Entre os SUVs compactos automáticos, o Duster CVT é a opção mais racional hoje em dia pela relação entre custo e benefício. Ainda é preciso evoluir em alguns aspectos, o que deverá acontecer, pelo menos em parte, entre o fim do ano e o início de 2019, quando a versão renovada do modelo deverá ser lançada no Brasil, com chances de aparecer no Salão do Automóvel, em novembro, no São Paulo Expo.

Ficha Técnica 

Preço:  a partir de R$ 81.490

Motor: 1.6, 16V, quatro cilindros em linha,  flex

Potência: 120/118 cv (E/G) a 5.500 rpm

Torque: 16,2 kgfm a 4.000 rpm

Transmissão: Automático, do tipo CVT, tração dianteira

Suspensão: Independente, McPherson (dianteira)/ Independente, eixo de torção (traseira)

Freios: Discos ventilados (dianteiros) / tambores (traseiros)

Pneus: 205/60 R16

Dimensões: 4,33 m (comprimento) / 1,82 m (largura) / 1,68 m (altura), 2,67 m (entre-eixos)

Tanque : 50 litros

Porta-malas: 475 litros

Consumo (E/G): 7 km/l / 10,2 km/l (cidade) e 7,4 km/l / 10,8 km/l (estrada)

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