Longe do Brasil, Chevrolet Sonic muda e fica sem graça
Feito pensando nos jovens, hatch e sedã recebem novo visual. Foi vendido por aqui durante dois anos
Lembra do Chevrolet Sonic , aquele hatchback e sedã que a General Motors vendeu por aqui durante dois míseros anos? Pois é, ele continua a ser comercializado pelo resto do mundo e agora recebe um novo visual, mais alinhado com a identidade adotada pela marca – e que o deixou muito mais genérico.
Quando foi concebido pelo australiano Ondrej Koromhaz, o Sonic mostrava sua inspiração nas motocicletas, como mostravam os faróis arredondados e o cluster. Era um carro feito para atrair os mais jovens, algo importante para um carro que era uma das opções mais baratas da Chevrolet.
Exatamente por isso que o novo design do Sonic é um tanto desanimador. Os faróis redondos foram trocados por retangulares, bem menores e genéricos. A grade está mais fina e o para-choque tem uma abertura hexagonal. As lanternas traseiras também mudaram de arredondadas para retangulares.
Ainda não mostraram o interior. A Chevrolet diz que mexeu no painel de instrumentos, com contadores “novos e detalhados, incorporando um velocímetro analógico”. O banco ganhou controles elétricos, aquecimento nos bancos e no volante, partida keyless e uma nova central multimídia com tela de sete polegadas com espelhamento de tela dos celulares. Será equipado com motor 1.4 turbo e 1.8 aspirado de quatro cilindros.
A saga do Sonic no Brasil
Por aqui, o Sonic chegou em 2012 com o plano de ser a alternativa premium do Onix . Não deu certo, pois ainda tinha que brigar com o Agile, que tentava sobreviver com a mesma pegada. Em 2014, a GM percebeu que o Onix era um produto de muito mais apelos.
Até setembro, quando o Sonic saiu de linha, o hatch havia emplacado 4.246 unidades, enquanto o Onix emplacou 91.236. O Sonic Sedan era praticamente ignorado, com 2.706 veículos emplacados, contra 28.589 unidades do Cobalt. Na ocasião, a marca disse que havia uma chance do carro voltar a ser importado, o que nunca aconteceu.