Dez carros nacionais que deixaram saudades

Eles saíram de linha, mas ainda fazem parte das boas memórias de muita gente

Entre os vários lançamentos da indústria automotiva  no Brasil alguns merecem destaque especial. São carros que se destacaram por uma série de motivos entre os quais bom desempenho nas vendas, por terem introduzido alguma novidade tecnológica, ou pelo fato de inaugurar um segmento.

Foi difícil reunir apenas 10 carros entre tantos que ficaram marcados na história, mas procuramos eleger bons representantes e demos um breve relato sobre as características priuncipais de cada um. Acompanhe abaixo.

1 – Volkswagen Fusca

Foto: Divulgação
Volkswagen Fusca

 Não é fácil encontrar alguém no Brasil que não tenha algum episódio da vida em que um Volkswagen Fusca esteve presente. O carrinho foi fabricado no País entre 1959 e 1986 e entre 1993 e 1996. Antes disso, veio importado, ou montado por CKD.

O motor traseiro refrigerado a ar, a suspensão independente nas quatro rodas e o baixo custo de manutenção estão entre os pontos que mais chamam atenção. Ainda reúne uma legião de fãs que conservam algumas raridades em perfeito estado.  Começou com motor 1.2 e saiu de linha com o 1.6, com dois caburadores simples.

2- Chevrolet Opala

Foto: Divulgação
Chevrolet Opala


O sedã da Chevrolet foi o primeiro carro da marca montado no Brasil. E o que teve o maior tempo em produção no País, entre 1968 e 1992. Foi usado por chefes e família, executivos, taxistas e até por governadores, presidentes entre outras autoridades.

Começou com motor 2.5, de quatro cilindros, e 3.8, de seis. Quando apareceu a versão esportiva SS , em 1971, com motor 4.1 litros, o Opala ganhou mais notoriedade. E continuou com prestígio assim que apareceu a versão Diplomata, com o maestro Diogo Pacheco como garoto propaganda, meados dos anos 80. Terminou seu ciclo com motor atualizado pela Lotus e câmbio Clark, de cinco marchas e marcha à ré sincronizada.

3 – Ford Escort XR3

Foto: Divulgação
Ford Escort XR3


A versão esportiva do modelo médio surgiu em 1984, um ano depois do lançamento das demais. Tinha volante de menor diâmetro, contagiros com ponteiro que atingia a marca zero de pé (como em alguns carros da Alfa Romeo ), rodas de aro 14 com pneus de perfil baixo para a época (185/60R) e motor ligeiramente preparado, que atingia 86 cv na versão movida a etanol.

Em 1986 a Ford  lançou a versão conversível, feita em conjunto com a Karmman Ghia . E em 1989 começou a usar o motor Volkswagen AP1800 no lugar do antiquado 1.6 CHT, com comando de válvulas lateral. Foi usa melhor fase. Depois, a partir de 1993 , passou a ter um 2.0 com injeção eletrônica, mas tinha perdido bastante personalidade e prestígio até sair de linha em 1995. Tentaram ressuscitar o espírito do XR3 com as versões Racer e RS , mas sem sucesso.

4 – Fiat Tempra Turbo

Foto: Divulgação
Fiat Tempra Turbo

Um dos primeiros carros feitos no Brasil com motor turbinado, o modelo da marca italiana chegou a levar ninguém menos que Ayrton Senna para os boxes de Interlagos depois da vitória em 1993. O 2.0 chegava nos 165 cv, a mesma potência do 3.0, de seis cilindros, do GM Omega da mesma época.

 Foi apresentado primeiro como cupê de duas portas, para dar um maior apelo esportivo. Depois passou a ser oferecido como sedã, na versão Stile , com a mesma mecânica, que incluía câmbio manual de cinco marchas e intercooler (radiador de ar).

5 – Honda Civic Si

Foto: Divulgação
Honda Civic Si

 Apesar da carroceria e uma série de outros componentes terem sido feitos no Brasil ,o motor vinha do Japão. Era o famoso 2.0, com comandos de válvulas de três ressaltos, que rendia até 192 cv a 7.800 rpm.

Tinha desempenho de tirar o fôlego e um ronco de esportivo de verdade. Vinha com câmbio manual de seis marchas. E era a única versão  disponível na cor vermelha lisa. Principalmente depois da chegada do atual Civic Si, importado do Canadá, é que o Si nacional deu mais saudades.

6 – Volkswagen Passat

Foto: Divulgação
Volkswagen Passat

 Primeiro modelo da marca no Brasil com motor refrigerado a água, em 1974.  Também estreou os pneus radiais, já que o resto da linha vinha com modelos diagonais. Conhecido pelo bom desempenho para a época, não demorou para ganhar mais destaque com as versões esportivas, primeiramente a TS e, depois, a GTS.

Apesar do bom espaço interno, não tinha bancos muito confortáveis, principalmente para os passageiros de trás, que reclamavam de afundarem ao se sentar. O mesmo não acontecia na cobiçada versão GTS Pointer, com legítimos e bem cotados bancos Recaro. A versão mais potente que existiu chegava nos 105 cv  (99 cv declarados) com apenas etanol no tanque.

 7 - Chevrolet Vectra

Foto: Divulgação
Chevrolet Vectra

 A segunda geração, que apareceu em 1997 é que causou mais impacto. Tinha desenho bastante arrojado, com destaque para os espelhos retrovisores cujas linhas invadiam boa parte do capô. Foi o carro mais desejado pela classe média do final dos anos 90.

 E chegou com bons avanços tecnológicos e de segurança, como duplo air bag, controle de tracão, computador de bordo com tela no painel, ar-condicionado digital e porta-luvas refrigerado. A versão CD, topo de linha, com motor 2.2 16V, chegou nos 136 cv.

8 - Ford Galaxie

Foto: Divulgação
Ford Galaxie

 O  Galaxie , lançado em 1967, foi usado por militares, como Ernesto Geisel. O sedã grande feito no Brasil era bem parecido com a versão vendida nos Estados Unidos. Vinha sempre com motor V8. Primeiro com 292 polegadas cúbicas de cilindrada e, depois, com 302 polegadas. Impressionava pela suspensão que absorvia bem as iregularidades do piso, dando ideia de que o carro estava flutuando no asfalto, tamanho o conforto que proporcionava aos ocupantes.

 A direção já era assistida e o câmbio automático, de três marchas, tinha alavanca na coluna de direção. Entre outros itens incluídos na lista de equipamentos de série estavam ar-condicionado, pneus com faixa branca, comandos internos dos espelhos retrovisores e para-brisa degrade. Deixou de ser produzido em 1983.

 9- Fiat Uno Mille

Foto: Divulgação
Fiat Uno Mille

 Como a Fiat já tinha o motor 1.050 cc pronto, vindo do 147,  ficou mais fácil passá-lo para 1.0 e lançar o Uno Mille , que começou a onda de modelos “populares” . Assim que apareceu, em 1990, era bastante simples. Tinha apenas um espelho retrovisor e uma luz de ré. As rodas eram de aço, com pneus 145/80R. Mesmo assim, foi um sucesso de vendas por causa do baixo preço, em torno de US$ 7 mil na época.

 10 – Peugeot 206

Foto: Divulgação
Peugeot 206


Entre os compactos, a versão nacional do Peugeot  206, lançada em 2001 foi um marco quando o assunto é desenho arrojado. Tanto que foi um dos únicos modelos da marca no Brasil que realmente teve sucesso.

Teve várias versões, inclusive perua, a 206 SW. Podia vir com motor 1.0 ou 1.6, que dava boa agilidade ao carrinho. Os jovens se identificavam bem  com o modelo e, por isso, chegou a ter series especiais, como a Quicksilver . Deu lugar ao 207 , feito sobre a mesma base, mas ficou bem aquém das espectativas nas vendas.