GM do Brasil vai consertar respiradores do SUS contra coronavírus

Aparato clínico é fundamental para o tratamento de pacientes em estado grave; confira mais informações

Sede da General Motors no Brasil, em São Caetano do Sul (SP)
Foto: Divulgação
Sede da General Motors no Brasil, em São Caetano do Sul (SP)

Seguindo os passos de sua matriz americana, a General Motors do Brasil anunciou que irá ajudar na reparação dos respiradores utilizados no tratamento dos casos mais graves da COVID-19 , doença causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2 , para a rede do SUS. A iniciativa é uma parceria da GM com o SENAI e a Abeclin (Associação Brasileira de Engenharia Clínica), com aval do Ministério da Economia.

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O objetivo inicial será a reparação de 3 mil respiradores atualmente inativos na rede do SUS, mas a GM considera que o número final será bem maior. De acordo com Carlos Sakuramoto, gerente de inovação da marca, a meta é iniciar os reparos na semana que vem.

Carlos Zarlenga, presidente da General Motors na América do Sul, afirma que este é o momento para usar todas as armas contra o novo coronavírus. “A GM fará tudo que está ao seu alcance para ajudar o Brasil e o mundo a passarem por esse momento difícil”, disse o executivo.

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Esforço coletivo

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Criticado por não dispensar funcionários de suas fábricas, Elon Musk diz que Tesla produzirá respiradores

Nos Estados Unidos, país que poderá se tornar o novo epicentro da COVID-19 no mundo, uma ação conjunta fez Ford, General Motors e Tesla pararem parte de seu contingente para a fabricação de ventiladores mecânicos. A autorização veio do próprio presidente Donald Trump.

A Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos) já sinalizou que há interesse de repetir a prática no Brasil, com a utilização de impressoras 3D.

Importância dos respiradores

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Cerca de 20% dos pacientes infectados pelo novo coronavírus precisam de tratamento em respiradores

Nenhum sistema de saúde público ou privado no mundo está preparado para lidar com a pandemia do coronavírus, que costuma dobrar de tamanho na maioria dos países entre três e cinco dias. Estudos apontam que 80% dos contaminados pela COVID-19 têm poucos sintomas, ou praticamente nenhum. Os outros 15% precisam de apoio médico no hospital, enquanto os últimos 5% necessitam de internação na UTI.

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Em todo o mundo, engenheiros da área da saúde trabalham na adaptação dos respiradores para que possam atender até dois pacientes ao mesmo tempo. Dessa forma, seria possível dobrar a capacidade de atendimento do sistema público, reduzindo a taxa de mortalidade e os danos causados pelo novo coronavírus.

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