VW volta a produzir na Alemanha, mas com uma série de restrições

Mais de 100 novas medidas serão adotadas em prol da saúde e segurança dos funcionários

VW Wolfsburg: fábrica histórica e a maior da marca alemã volta aos poucos a produção e enfrenta desafios
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VW Wolfsburg: fábrica histórica e a maior da marca alemã volta aos poucos a produção e enfrenta desafios

A Volkswagen voltou a produzir na fábrica em Wolfsburg (Alemanha), onde fica sua sede. A linha de montagem tinha sido parada em 19 de março e retomou suas atividades apenas hoje (27), o que configura o maior tempo de interrupção em 82 anos de história. Entretanto, para tornar possível a retomada, foi preciso adotar mais de 100 medidas para preservar a segurança e a saúde dos funcionários.

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Na fábrica em Wolfsburg (Alemanha) trabalham cerca de 63 mil pessoas. Mais de 8 mil avisos foram espalhados pelo local instalado em um complexo industrial de 6,5 milhões de metros quadrados, onde são produzidos 700 mil carros por ano, ou em torno de 3.500 por dia. Porém, espera-se que, no início, seja adotado um ritmo de 1.400 unidades semanais, volume que deverá subir para 6.000 mil na semana que vem, ou 40% da capacidade.

Entre outras medidas, todos terão que usar máscaras e manter uma distância de pelo menos 1,5 metro um do outro. Isso terá um desafio, inclusive, para controlar o verdadeiro exército de fornecedores que terão que entrar na fábrica alemã.

Tempos difíceis

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Vendas de carros no mundo serão as menores dos últimos tempos, Na Europa, será preciso mais de 10 anos para voltar ao patamar de 2019

As vendas de carros novos em 2020 serão uma das piores dos últimos anos. Para se ter uma ideia, na China, o maior mercado do mundo, a queda foi de 42% entre janeiro e abril deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a associação dos fabricantes chinesa. Porém, espera-se que o mercado chinês recupere-se logo, ao contrário do que deverá acontecer em outras regiões.

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Na Europa, estima-se que levará pelo menos 10 anos para voltar aos patamares de 2019. Isso implicará no corte de cerca de 100 mim empregos nos próximos três ou quatro anos, apenas no caso do mercado europeu. Nas demais regiões, ainda será preciso fazer estimativas, que não são nada animadoras.