Foi-se o tempo em que você precisava, antes de tirar a carta, ter braços fortes para poder realizar as balizas. Com a popularização da direção hidráulica, por exemplo, a mecânica , mais simplificada, foi perdendo espaço. E mais recentemente, há outros tipos de direção que vem atraindo ainda mais o interesse dos motoristas: a direção eletro-hidráulica ou ainda, a elétrica .
Os mais puristas, os denominados gearheads , ainda resistem certos tipos de “mimos” e preferem ter o “controle” da situação sobretudo nos carros com temperamento mais esportivo como o Alfa Romeo 4C , um dos poucos que ainda utilizam a direção mecânica .
No segmento dos mais populares, por exemplo, ainda temos algumas versões mais simples do Renault Kwid , Fiat Mobi e Volkswagen Saveiro. O fato é que a maioria, logicamente quer comodidade e a direção hidráulica, eletro-hidráulica ou direção elétrica já viraram algo indispensável em um veículo. Vamos a elas:
Direção hidráulica
Esse sistema de direção é o mais antigo e popular, e funciona por meio de uma bomba impulsionada pela correia ligada ao motor bombeando o óleo para dentro da caixa de direção, deixando o volante mais leve, sobretudo nas manobras e balizas, onde é mais exigida.
Nesses casos, só para simplificar o entendimento, quando se gira o volante , o fluido sob pressão atua no mecanismo de direção, reduzindo a força a ser empregada. Conforme se esterça o volante, uma válvula é aberta ou fechada controlando o fluxo do lubrificante .
Como dito acima, todo o esforço do funcionamento vem do motor do veículo e, nessas circunstâncias, a direção hidráulica “tira” a potência (em torno de 3 a 4 cv) do mesmo, mas é algo insignificante para carros mais potentes.
Todo o conjunto é formado por uma bomba hidráulica, um reservatório de óleo e mangueiras de baixa e alta pressão incumbidas pela circulação do fluido. Esta concepção reduz o esforço do motorista em até 80% , conforme o modelo do veículo. A título de curiosidade, no Brasil, o primeiro a vir equipado com o acessório foi um Ford Galaxie de 1967.
Direção elétrica
Ainda pouco popular nos automóveis mais simples, este interessante recurso utiliza um motor elétrico acoplado à caixa de direção ou à coluna de direção e dispensa uso de óleo, bomba, correia e mangueira, acessórios usados na direção hidráulica.
No momento em que se dá a partida no veículo, o volante manda sinal para um módulo eletrônico que ativa o motor elétrico, auxiliando no movimento da direção e, dessa forma, diminuindo ainda mais o esforço do motorista . A vantagem é que ele atua no lugar da bomba e não depende do motor, sendo assim, não rouba a potência como no dispositivo da direção hidráulica.
Nesse segmento, podemos subdividir ainda o sistema de direção elétrica variável , que pode ficar mais firme ou mais leve de acordo com a velocidade.
Na estrada, por exemplo, onde se exige mais, ela tende a ficar mais “dura”, exigindo menos do motor elétrico favorecendo assim na segurança, e, em baixas velocidades, o sistema trabalha com mais pressão do propulsor elétrico deixando-a mais leve. O primeiro carro a usar a direção elétrica foi o compacto Suzuki Cervo no ano de 1988.
Direção eletro-hidráulica
Este tipo de direção é muito confundido com a elétrica. Como o nome denuncia, o termo é uma união da direção elétrica e hidráulica. Seu funcionamento é semelhante ao da hidráulica.
Ou seja, na prática o volante, na hora de esterçá-lo, fica mais “macio” em razão do lubrificante agindo por meio da bomba elétrica . A diferença é que ao invés de usar o motor do carro, o sistema depende do um motor elétrico que faz funcionar a bomba hidráulica mandando óleo para a caixa de direção.
Assim como da elétrica, na eletro-hidráulica, ele evita a perda de potência do carro. Esta variação também depende de cuidados especiais como a checagem do nível e substituição de óleo e das correias se necessário. Não custa lembrar que o sistema também precisa de manutenção periódica que pode variar conforme a recomendação de cada fabricante. Na dúvida, consulte o manual do proprietário.