O Brasil é o terceiro maior mercado de seminovos, atrás apenas dos EUA e China, mesmo com a pandemia, segundo a Fenabrave. E em 2022 poderá ter um crescimento de 4,6% das vendas, segundo a entidade que representa as concessionárias. Para Márcio Leitão, fundador e CEO da BMZ Concessionárias Digitais, muito desse crescimento se às vendas online, que cresceram bastante e trouxeram maior comodidade. Com isso, confira essa e mais outras tendências para o mercado automotivo em 2022:
Num setor onde a predominância é masculina, as mulheres têm conquistando mais seu espaço. Dados da General Motors (GM) do Brasil apontam que 40% das mulheres brasileiras já têm carro próprio,e 70% influenciaram na decisão de compra. Porém na questão salarial e profissional, a diferença ainda é gritante e as empresas precisam se 'reciclar'.
Nos dois últimos anos, as concessionárias digitais têm se tornado tendência. Se antes era preciso ir pessoalmente até uma loja física para trocar de carro, agora tudo pode ser feito de forma totalmente segura e remota, para a comodidade de todos. O mesmo vale para o processo de compra e venda que também é realizado pela empresa.
Apesar dos preços ainda não serem tão atrativos, dados da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico) mostram que, só em janeiro, foram vendidos 2.558 carros elétricos e híbridos no Brasil, um crescimento de 93% sobre os 1.321 emplacamentos de janeiro de 2021. A tendência agora é que esses projetos sustentáveis comecem a sair dos papéis.
Com a chegada do 5G no Brasil, as montadoras devem expandir serviços de conectividade e tecnologia de segurança, tornando os veículos como objeto de entretenimento aos seus condutores, mas claro, frisando sempre a segurança. Recursos como: modo de streaming, acesso ao wi-fi, tela no banco traseiro, dentre outros, irão ganhar destaque no setor.
Os investimentos em pesquisa de mercado devem ganhar força. Para Marcos Pavesi, head comercial da DealerSites, um dos levantamentos mostra que 30% dos brasileiros trocam de carro por ano e, em conversão de venda, entre 10 e 15% fecham o negócio em até 30 dias. Para isso, é fundamental determinar estratégias sólidas para a retomada do setor.