Vencemos o desafio de consumo da Renault. Aprenda a ser mais econômico

A Renault organizou na última sexta-feira (15) um desafio com toda a imprensa automotiva para descobrir quem é o campeão de economia ao volante. Os jornalistas foram divididos em duplas em oito Renault Oroch. O iG Carros dividiu o trajeto de 120 km de Pinheiros (SP) até o circuito do Haras Tuiuti (interior de SP) com a editoria de carros do R7. Cada um de nós dirigiu a metade do trajeto misto entre cidade e estrada e conquistamos o 1º lugar. Quer saber como fizemos 15,6 km/l (em um carro cuja melhor aferição do Inmetro é de 11 km/l, na gasolina e em uso rodoviário)? Veja a seguir.

Mantenha-se embalado

Ainda que as retomadas suaves sejam as mais adequadas, é importante evitá-las ao máximo. A melhor forma para isso é manter a velocidade o mais constante possível, aproveitando a inércia (o embalo) do carro. Tão importante quanto isso é impedir que ele perca sua velocidade. Acelerações bruscas obrigam o motor a receber muito combustível em pouco tempo, logo, não é preciso dizer que comprometem bastante o consumo.

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Busque a melhor aerodinâmica

Essa dica utilizamos principalmente na estrada. Encontramos ônibus executivos e caminhões que trafegavam próximo dos 90 km/h, durante o desafio. Não pensamos duas vezes e nos mantivemos atrás deles. Quando não estavam presentes, qualquer outro carro passava a ser melhor do que nada. Por que isso foi importante? Pois, via de regra, quanto maiores e mais velozes os veículos, menor será a resistência do ar atrás deles. Com isso, o carro precisa de menos força para se manter embalado (com os benefícios que vocês puderam conferir no tópico acima).

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Encurte as curvas

Claro que, mais importante do que você conseguir fazer isso, é assegurar que nenhuma lei de trânsito seja descumprida e/ou que isso não represente nenhum risco para outros da via. Entretanto, sempre que houver a possibilidade, tente diminuir a circunferência das curvas. Se a via for mais larga, ao invés de contornar a curva, tente transformá-la em uma linha o mais reta possível. No automobilismo, isso é mais conhecido como "tangenciar as curvas”. Isso encurta as distâncias do seu trajeto e, pelo fato de você não ter que esterçar tanto o volante, isso diminui o arrasto dos pneus sobre o asfalto. Assim, mais uma vez, o carro consegue preservar o seu embalo. No nosso trajeto de 120 km, fazendo isso, conseguimos finalizá-lo com apenas 117 km no hodômetro.

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Case o giro do motor com a pressão no acelerador

Aqui o trabalho é equilibrar a mecânica do carro. Ao mesmo tempo que manter o giro do motor alto (com uma marcha muito reduzida) é ruim para o consumo, escolher uma marcha muito “pesada” e ser obrigado a pressionar muito o pedal do acelerador, também não é nada adequado para a economia de combustível. O ideal é sempre deixar o giro do motor baixo e as marchas mais longas. Entretanto, em uma subida (por exemplo), se precisar retomar a velocidade, opte por reduzir uma ou duas marchas.

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Câmbio no neutro faz o consumo piorar

Essa é a pegadinha do consumo de combustível. Nas descidas, é sempre melhor colocar a marcha mais longa do carro, do que colocar o câmbio no ponto morto. Isso por conta do funcionamento da injeção de combustível do carro. Quando o carro está engrenado na descida, além de ficar mais estável (o que é bom para a segurança), o motor se mantém em funcionamento pela inércia das rodas, sem depender de fornecimento de combustível. O detalhe da importância das marchas serem sempre as mais longas é, justamente, pelo fato delas não reduzirem tanto o rolamento do carro (algo essencial para manter a inércia). Quando o câmbio é colocado em neutro, a injeção entende que, para manter o motor ligado, é necessário mandar combustível para o motor. Se não fosse por isso, o carro desligaria quando desengrenado.

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Antecipe a dirigibilidade

Se o semáforo lá na frente está para fechar, ou se o trânsito irá desacelerar, não adianta continuar com o pé no acelerador, ainda que haja espaço adiante. Isso porque você já sabe que, de um jeito ou de outro, precisará reduzir a velocidade para acompanhar o fluxo.

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Cuidado com a pressão dos pneus

Quanto mais descalibrados estiverem os pneus, mais esforço o motor terá que fazer para manter o carro em movimento, ou fazer o veículo adquirir o movimento. Isso porque o arrasto dos pneus aumenta sobre o asfalto (algo que, inclusive, agrava o desgaste das laterais dos pneus). Isso quer dizer que é benéfico calibrar demais os pneus? Quando falamos desse quesito, sim. Entretanto, exceder a calibragem recomendada pelo fabricante pode piorar a deterioração da parte central dos pneus, bem como sobrecarregar a atividade do conjunto de suspensão.

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Combustível barato pode sair caro

Um enorme problema no Brasil é a má fé de alguns postos, que ainda praticam a adulteração do combustível. Desconfie das bombas com os preços mais baratos, pois podem estar vendendo combustível irregular. Nesse sentido, o barato pode sair caro, pois ao mesmo tempo que o poder de queima dos combustíveis ilegalmente modificados é inferior (o que faz o consumo piorar), ele pode danificar seriamente os componentes do motor e do escapamento.

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