Sabe quando dizem que seu carro parece não ter sido fabricado no ano que foi? Dependendo do viés, isso pode ser tanto um elogio, quanto uma crítica. Algumas fabricantes parecem ter se convencido demais para os carros que você verá a seguir. Será que eles tiveram um desenho e um pacote de equipamentos tão atemporal para que, mesmo sem mudanças expressivas, fizessem sentido mesmo dez ou mais anos depois?
A variante picape do Ford Fiesta chegou ao Brasil em 1996 e demorou 4 anos para receber uma reestilização de meia vida. E foi a única mudança em seu visual dianteiro. Entre 2000 e 2013 o pequeno utilitário não teve nenhum tipo de mudança, e só deixou o mercado nacional devido às leis que fizeram Airbag e freios ABS se tornarem obrigatórios. Apesar da reestilização no ano 2000, na prática, ainda era o mesmo carro do surgimento.
O Volkswagen Gol é um dos queridinhos do Brasil por sua robustez. A 4ª geração do modelo foi comercializada entre 2006 e 2014, e dividiu o mercado com a geração seguinte do próprio Gol, sem alterações, tornando-se o modelo destinado aos segmentos de entrada. Deixou de ser produzido também por conta de itens de segurança.
Duas décadas de mercado não são para qualquer carro, e o Fiat Doblò conseguiu esse feito, e sem grandes renovações. Ao longo de todo esse tempo, o modelo começou como opção interessante para quem necessitava de espaço e oferecia até 7 lugares. No fim de sua vida, custava mais caro que um Jeep Renegade, e só deixou de ser comercializado por não atender às legislações vigentes a partir de 2022.
Picapes pequenas fazem sucesso no Brasil e a Chevrolet Montana é mais um exemplo. Aliás, cada uma das duas gerações do modelo poderiam ocupar um tópico nessa lista. Entre 2003 e 2010, herdou a dianteira do Corsa C, o famoso “Corsão”. Já a partir de 2010 foi baseada no Agile, que não deixou saudades no mercado nacional, e não recebeu grandes alterações até o fim de sua linha, em 2021.
O pequeno e valente off-road da Suzuki é uma ótima opção para quem deseja se aventurar em trilhas — ou nos esburacados asfaltos da cidade. Suas gerações são conhecidas por robustez e visual parecido. O carro veio pela primeira vez ao Brasil em 1998. E mesmo em sua linha 2022, se você olhar para um e depois para o outro, dificilmente conseguirá apontar alguma diferença.
Novo recordista por aqui: 33 anos de mercado. Foi esse o tempo em que o Toyota Bandeirante foi produzido no Brasil, e sem grandes mudanças. A mais expressiva são os faróis, que deixaram o formato redondo para o quadrado. Apesar disso, o Bandeirante sempre foi o mesmo “velho de guerra”, do surgimento (em 1978) até seu fim (em 2001).
Produzido entre 2008 e 2020 o Dodge Journey é um daqueles modelos que saíram do mercado sem mudar muito, mas com boa resistência ao envelhecimento. Suas linhas bem limpas não deixavam a impressão de que era um carro com mais de 10 anos de estrada. Após a união da Fiat com a Chrysler, chegou a ser vendido em alguns mercados como um modelo Fiat (a Freemont), mas não fez tanto sucesso como o original.
Entre 2008 e 2021 a Pajero foi um dos modelos de maior sucesso da Mitsubishi ao redor do mundo. Sua robustez e conforto faziam do lendário SUV um carro perfeito para qualquer ocasião. Seu visual é outro entre os que se mantém relativamente atuais, até os dias de hoje. Entretanto, o mercado não perdoa nunca e, por isso, foi descontinuado pela fabricante japonesa. O nome Pajero segue na linha Mitsubishi, mas com a alcunha Sport, sendo derivado da picape L200.
É inegável que o Hyundai Tucson é um SUV importante para o mercado brasileiro, tendo em vista o sucesso que faz até hoje no mercado de usados. Mas até os olhos mais treinados terão dificuldades em determinar o ano/modelo apenas observando o SUV. Oferecido no Brasil entre 2004 e 2017, o Tucson ajudou muito na consolidação da Hyundai no Brasil. A partir de 2010, passou a ser fabricado por aqui.
Lançado em 2000, o PT Cruiser tentava ser uma releitura moderna do PT50 da década de 30 e ficou em produção por 10 anos. Somente nos Estados Unidos vendeu mais de 1 milhão de unidades. No Brasil ficou marcado pelo alto consumo de combustível para os nossos padrões. Talvez a maior procura para o carro, hoje em dia, gire em torno da indústria de casamentos, pelo seu visual clássico.