Quem aí se sente velho em saber que 2003 foi o ano em que a música “Tô nem aí” (da artista Luka) era moda, que os EUA capturaram Saddam Hussein, que o ônibus espacial Columbia explodiu no ar e que Lula tinha assumido a presidência pela primeira vez? Mas os fatos que citamos não foram os únicos mais marcantes da época. Carros bem conhecidos foram lançados e, a partir de 2023, não pagarão mais IPVA em SP. Veja a seguir quais são eles.
Em 2001, foi inaugurada a Fábrica de Porto Real, no estado do Rio de Janeiro. O Grupo iniciava assim sua participação industrial no Brasil. Em 2003, foi a vez do C3 — feito na planta carioca — integrar a linha. Foi o carro mais vendido da marca no Brasil. Os jovens acostumados com Palio, Gol e Celta finalmente ganhavam uma opção mais requintada e chamativa para desfilar pelas ruas.
Lançado em 2003, o TR4 é a versão nacional do Pajero iO, que foi importado entre 1999 e 2002. Ele sempre foi destaque pelo tamanho mais compacto, mas pela robustez herdada do Full e pela valentia no fora-de-estrada. Utiliza uma estrutura que une as longarinas do chassi ao monobloco, que garante muita rigidez, mas sem elevar demais seu centro de gravidade. Quando saiu de linha, em 2014, chegou a ser valorizada no mercado de usados.
O modelo era posicionado acima do SW4 e praticamente não recebeu modificações até o final de seu ciclo no Brasil, em 2009. Enquanto o seu ponto forte era a oferta de itens mais luxuosos no interior, além da robustez de um SUV “raíz”, pecava pela falta de desempenho e pelos preços elevados. O modelo atual, que ainda é oferecido no exterior, deixa de lado todas as questões que fizeram o carro não ir para frente no mercado nacional.
No Brasil, o Honda Fit foi lançado em 2003, como o segundo carro da marca japonesa a ganhar produção nacional. Fabricado inicialmente em Sumaré (SP), tinha como principal destaque a oferta do câmbio CVT por preços mais acessíveis, além de sua modularidade inigualável dos bancos. Dinamicamente, se comportava como hatch, mas tinha capacidade de servir como minivan.
O EcoSport foi um verdadeiro sucesso de vendas, principalmente em sua primeira geração. O modelo que abriu as portas para Renegade, HR-V e T-Cross deixará uma legião de fãs órfãos. O engenheiro Márcio Alfonso foi um dos responsáveis por viabilizar o “Projeto Amazon” para a produção de um SUV compacto inédito no Brasil durante a virada do milênio. O carro foi apresentado em 2002 e chegou ao mercado em 2003.
No Brasil, o Meriva teve uma vida longa. Não só porque foi feita até 2012, mas porque muitos taxistas a utilizavam para o trabalho A sua sucessora direta foi a Spin. Na Europa, o monovolume ganhou uma nova geração e seguiu em produção até 2017, quando deixou o mercado substituído pelo SUV Crossland X.
O compacto lançado em 2003 fez bastante sucesso, entre outros motivos, pela versatilidade. Teve várias versões e séries especiais ao longo dos18 anos em produção. Vendido apenas com motor 1.6 hoje em dia, em duas versões, deverá deixar a linha de montagem em dezembro.
O SUV coreano chegou no Brasil em 2003, mas foi apenas em 2010 que foi renovado. O modelo batia de frente com as Pajero e com a SW4, por ter sua carroceria montada sobre chassi. Tinha opções de motor gasolina e a diesel. Atualmente, é um dos modelos mais depreciados para a categoria no mercado de seminovos e usados.
O XC90 foi o primeiro SUV da fabricante sueca. Tinha sete lugares, motores de cinco, seis e oito cilindros, e uma série de equipamentos avançados para a época. Como a marca sempre visou a segurança, contava com sistema frontal para minimizar impactos e ferimentos em pedestres, além de um dispositivo que detectava e reduzia o risco de capotamento. Se o fato fosse inevitável, o teto composto por aços de alta resistência amenizava o impacto.
O SUV aventureiro da Nissan foi vendido no Brasil entre 2003 e 2008 para lutar por uma fatia de um mercado dominado pela Pajero Dakar. Apesar de ser objeto de desejo dos praticantes de off-road e entusiastas dos 4x4, não foi um exemplo de best-seller na categoria. Seu motor 2.8 turbo entregava 132 cv de potência e 34,7 kgfm de torque, com câmbio manual de cinco marchas.