Veja os incríveis carros brasileiros feitos por empresas independentes

Se na época era proibida a importação, o jeito era usar a criatividade tendo como base os veículos nacionais. Confira a nossa listinha com 12 dos mais curiosos modelos já feitos por empresas brasileiras.

1) CHEVROLET MONZA PERUA

Em 1985, a família do modelo poderia ter crescido com o lançamento de uma perua da Chevrolet para brigar com a VW Quantum, mas o projeto ficou só no papel. Coube então à Envemo lançar a Monza Envemo Camping, cujo espaço no porta-malas praticamente dobrou em relação ao do sedã: 786 litros. Só o espaço no mercado não teve a mesma amplitude, pois a transformação saia por 20 milhões de cruzeiros, pouco menos da metade de uma Chevrolet Marajó SL. Isso sem incluir o carro original.

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2) FORD MAVERICK PERUA

Em 1976, três anos após a chegada do Ford Maverick, o mercado de peruas ainda engatinhava. A solução viria da SR Veículos, que transformava os Maverick quatro portas zero-quilômetro para fazer a perua. Se o reinado vinha da Chevrolet Caravan, a da Ford inovou por ser a única station wagon a oferecer quatro portas e motor V8. Muitos chegaram a levar seus Maverick usados para transformação, o que barateava o orçamento final.

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3) VOLKSWAGEN GOL CABRIOLET

Na década de 80, a Dacon fez história nos segmentos de carros especiais, mas, sem dúvida, o Gol Cabriolet de 1981 era o preferido dos boyzinhos da época. Além da capota de lona e outros acessórios opcionais, a grande sacada estava no motor 1.6 refrigerado a água do Passat TS que praticamente dobrava a potência original do propulsor original de 50 cv para 96 cv... Algo inédito, já que a VW só adotaria a refrigeração líquida em 1985.

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4) FIAT UNO CABRIOLET

Em 1985, a concessionária paulista Sultan desenvolveu a versão conversível do Fiat Uno. A propaganda dizia ‘Uno Cabriolet. O Fiat dois tempos’ referindo-se aos dias de sol e noites de outono. Nessa variante, o cliente podia optar por três motorizações: 1.300, a etanol ou gasolina; 1.450 e 1.500, só a etanol.

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5) VW FUSCA BAJA

A Menon Cross Center foi criada por Carlos Menon, piloto e grande incentivador das provas de autocross no Brasil na década de 70 foi a pioneira na transformação dos Fusca para andar na terra como uma resposta mais barata aos bem-sucedidos bugues dos anos 60, mas os 975 mil cruzados cobrados em 1988 por um Bajanet acabou indo para a lama. A inspiração foi nos VW modificados dos EUA, carros para areia que eram usados na Baja Califórnia.

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6) CHEVROLET CARAVAN QUATRO PORTAS

Se hoje o carro de quatro portas é comum, até o início da década de 90, a situação era inversa, e isso valia até mesmo para as peruas. Reinando praticamente sozinha, a Quantum quatro portas era a única opção da indústria nacional desde o desaparecimento da Simca Jangada. Se a Chevrolet não abriu as portas para este mercado, a solução veio das empresas Guaporé Veículos e Sulam, que adicionavam mais duas entradas extras à Caravan.

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7) VW KOMBI MOTOR HOME SAFARI

Dentre os diversos projetos da Karmann Ghia, o Mobil Safari foi um interessante motor home montado no chassi da Kombi, e contava com cama, sofá, mesa, cozinha com pia, fogão e até banheiro com ducha. Com espaço bem resolvido, podia-se pernoitar até seis passageiros, mas devido ineficiência de peso/potência aliado ao preço final, seu projeto é que foi para o espaço.

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8) CHEVROLET OPALA AVALLONE PRESIDENCIAL

Os Opalas foram uma alternativa ao fim do Ford Landau, em 1983, para servir de limusines às autoridades e empresários brasileiros. Além da Sulam e Envemo, a Avallone, criação de Antônio Carlos Avallone, piloto e construtor de carros de corrida, também fez alguns em 1988. Baseado no Diplomata, cresceu 1,1 metro no entre-eixos, mas a sua trajetória foi encurtada, pois a GM não o homologou.

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9) Ford KA SRT

Se em 2000 o segmento dos esportivos nacionais não tinha o mesmo fervor nos anos 80 e 90, a Souza Ramos resolveu reacender o mercado com o Ford Ka SRT. O 1.0 recebia um turbo da Mitsubishi, reforço que elevou a potência em 20% (78 cv) e torque em 40% (12,4 kgfm), mas a velocidade final se mantinha em 155 km/h. Completo, o kit opcional saia quase a 4000 reais, o que inviabilizou que esta chama continuasse acesa.

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10) FORD PAMPA SR XP

Sem nenhuma opção no mercado nacional de picape pequena com cabine dupla, a solução veio da Souza Ramos, que se baseou na Ford Pampa. Além de para-choques e grade com o logo SR, a parede entre a cabine e a caçamba era retirada para receber a cobertura extra de fibra de vidro, além do banco traseiro. Quem viajava atrás, sofria por conta do aperto e da posição elevada.

Reprodução - Armazém do Vovô

11) CHEVROLET MONZA 190 E

Monza com cara de Mercedes? Nos anos 80, algumas empresas faziam sob encomenda adaptações dos kits comprados pelos clientes, que incluíam para-lamas, painéis e até lavador de faróis original. Uma delas foi a paulistana Agromotor do Luís Francisco Batista, artesão especializado em antigos que chegou a montar apenas um carro a pedido de um cliente. O projeto não deslanchou sob a proibição da marca alemã.

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