Meio século de história no Brasil: veja 8 curiosidades do Dodge Polara

O Dodge 1800, Polara ou, simplesmente, “Dodginho” foi um dos sedãs mais incompreendidos da história da indústria automobilística nacional. Apesar da pressa em colocá-lo no mercado, - o que culminou em uma série de problemas - o veículo foi melhorado e conseguiu até conquistar o título de carro do ano da revista Autoesporte em 1977. Veja oito curiosidades sobre o modelo.

1) Origem inglesa e outros mercados

O Hillman Avenger foi lançado na Inglaterra de 1970 a 1981, tendo sido a base para o modelo que tivemos por aqui. Já na Argentina, ele começou em 1971 como Dodge 1500 e passou a ser chamado de Volkswagen 1500 em 1982, após o fim da operação da Chrysler no país, quando a marca alemã a comprou naquele mercado. Por lá, foi produzido até 1990. No Brasil, o Dodge 1800 ou Polara durou de 1973 a 1981.

2) Só duas portas

Ao contrário da versão inglesa Hillman Avenger que foi testada por aqui na opção com quatro portas, a nacional só foi lançada com duas portas. Além disso, trouxe outras mudanças em relação ao carro inglês, tais como faróis duplos, grade dianteira, lanternas, para-choques e outros detalhes. Isso deu uma carinha americana ao carro.

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3) Câmbio automático moderno

Em 1979, o Polara passou a ofertar transmissão automática opcional de 4 marchas, sendo o único em sua categoria a oferecer a opção. O rival Chevette, por exemplo, só passou a oferecê-la a partir de 1985, porém o câmbio tinha apenas três velocidades.

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4) Tecnologia avançada

A versão GLS contou com diversos avanços tecnológicos para a época, tal como carburador miniprogressivo de corpo duplo, que dava mais agilidade e economia de combustível, além de aquecedor, rádio toca-fitas, antena elétrica e pneus radiais, entre outros mimos.

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5) Primeiro recall nacional

Quando chegou às lojas, o Dodginho teve vários problemas com a suspensão, acerto do motor e detalhes do acabamento, recebendo críticas tanto de clientes insatisfeitos quanto da imprensa automotiva. Após algumas melhorias, a Dodge rebatizou o 1800 de Polara e fez um facelift que incluiu faróis quadrados

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6) Vida curta

Apesar do sucesso, com 92.665 unidades, o sedã de duas portas teve uma vida curta (1973-1981). A VW, que detinha os direitos da Dodge desde 1979, não viu futuro para a linha de carros Chrysler no Brasil (por exemplo, somente seis a dez Darts eram vendidos por mês) e então decidiu parar a produção, focando só na fábrica de caminhões da marca americana.

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7) Responsável por sobrevida da Chrysler do Brasil

Com a crise do petróleo de 1973, coube ao Polara dar uma sobrevida à Chrysler do Brasil, que só fabricava os Dodges com motores beberrões V8 5.2 com 198 cv de potência e 41,5 kgfm de torque. Na direção contrária, o Polara vinha com um 1.8 de quatro cilindros com 93 cv de potência e 15,5 kgfm de torque, cuja média de consumo com gasolina era de 8 km/l na cidade e 11 km/l na estrada, bem melhor do que os V8 (4,7 km/l e 7 km/l), segundo dados de época.

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8) A volta da produção de veículos da Dodge

Com a estreia picape Dakota, em 1998, a Dodge voltou a fabricar veículos no Brasil, mas sob a fusão DaimlerChrysler. Apesar disso, os conflitos de interesses acabaram encerrando as atividades da linha de Campo Largo (PR) e no fim da Dakota, em 2001.

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