CAOA irá ampliar fábrica em Anápolis (GO)

Com investimento bilionário, produção dos SUVs da Chery e veículos Hyundai será reforçada com os robôs reutilizados da Ford

Caoa-Chery Tiggo 5x pro Hybrid
Foto: Divulgação
Caoa-Chery Tiggo 5x pro Hybrid


A fábrica da  CAOA em Anápolis (GO), que já monta os SUVs Chery Tiggo 5x, Tiggo 7 e Tiggo 8 Pro , está passando por uma grande expansão. Em agosto de 2023, o grupo anunciou um investimento de R$ 3 bilhões para modernizar e ampliar as instalações , fortalecendo sua capacidade produtiva. Com essa injeção de recursos, a planta ganhará mais espaço e tecnologia, visando atender à crescente demanda do mercado brasileiro por veículos da marca Chery.

Expansão e Reutilização de Robôs da Ford

Como parte desse investimento, a fábrica será ampliada em 11 mil metros quadrados, com a construção de uma nova linha dedicada à montagem de carrocerias, além de um depósito de 10 mil metros quadrados. Ao todo, a área útil da planta será expandida em 36 mil metros quadrados, elevando o total construído para 208 mil metros quadrados. Essa ampliação permitirá que a CAOA não só aumente sua capacidade produtiva, mas também melhore a eficiência do processo de montagem.

Uma das principais novidades é a reutilização de 209 robôs que pertenciam à antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA) . A Ford encerrou suas operações no Brasil em 2019, e em 2023 a planta foi adquirida pela montadora chinesa BYD. No entanto, a BYD decidiu não aproveitar os robôs que estavam na fábrica, o que abriu uma oportunidade para a CAOA adquirir os equipamentos. Esses robôs serão integrados às novas linhas de montagem em Anápolis, modernizando o processo e automatizando etapas críticas da produção.

Com a expansão, a CAOA aumentou significativamente sua produção. Em 2023, a fábrica montou 26 mil veículos. Já em 2024, esse número subiu para 76 mil, um crescimento impressionante de 190%. Além dos SUVs da Chery, a planta também é responsável pela produção do caminhão HR e do Tucson, da Hyundai. A ampliação também permitirá a produção local dos modelos Tiggo 7 e Tiggo 8, que atualmente são importados da China, reduzindo custos e prazos de entrega para o mercado brasileiro.