A mobilidade elétrica vem ganhando espaço no Brasil e parece ser um caminho sem volta. Diante da urgência de reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa e agravam o aquecimento global, os veículos híbridos e elétricos surgem como soluções viáveis.
De acordo com um relatório do Fórum Internacional do Transporte , ligado à OCDE, o setor de transportes representa 20% das emissões globais de CO₂. Os carros de passeio respondem por quase metade desse número, e, se são parte do problema, também podem fazer parte da solução.
Para isso, o setor automotivo aposta em várias tecnologias que reduzem as emissões, sem depender de uma única opção. “Existem diferentes níveis de eletrificação que mostram o avanço da transição energética no transporte”, explica Raquel Mizoe, da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA). Segundo ela, cada tipo de tecnologia melhora o consumo e a eficiência energética dos veículos.
As principais tecnologias de híbridos e elétricos no Brasil
A demanda por veículos híbridos e elétricos está crescendo rapidamente. Entre janeiro e julho deste ano, 94.587 veículos desse tipo foram emplacados no Brasil, um aumento de 140% em relação ao mesmo período de 2023. A seguir, conheça as principais tecnologias que fazem parte dessa revolução sustentável.
- Híbrido Leve (MHEV): Esse é o sistema mais básico, com uma bateria pequena de 12 ou 48 volts. Ele não move o carro, mas dá uma força extra ao motor e reduz o consumo em até 10%.
- Híbrido Completo (HEV): Equipado com um motor elétrico que pode movimentar o carro sozinho em pequenas distâncias, o HEV pode economizar até 25% de combustível.
- Híbrido Plug-in (PHEV): Precisa ser carregado na tomada e oferece maior autonomia, podendo rodar até 1.000 km somando a carga elétrica e o combustível.
- Híbrido Flex (HEV Flex): Exclusivo do Brasil, combina motor elétrico e motor a combustão que aceita etanol. Segundo a Embrapa, o uso de etanol reduz as emissões de CO₂ em até 73% em comparação à gasolina.
- Elétrico Puro (BEV): Movido 100% por bateria, esse tipo de carro não emite poluição durante a condução, mas ainda enfrenta obstáculos como o preço alto e a falta de infraestrutura de recarga.
Graças ao uso de etanol e à alta produção de energia limpa, o Brasil já está em uma posição mais favorável na luta contra as mudanças climáticas.