CEO da Nissan pede demissão após fusão fracassada e agrava crise

A saída de Makoto Uchida ocorre em meio a dificuldades financeiras e preocupações com tarifas de importação nos EUA

Makoto Uchida ex-CEO da Nissan
Foto: Divulgação
Makoto Uchida ex-CEO da Nissan


A Nissan enfrenta um dos momentos mais turbulentos de sua história recente. O CEO Makoto Uchida anunciou sua demissão após o fracasso da tentativa de fusão com a Honda , agravando ainda mais a crise da montadora japonesa. O cargo será assumido por Ivan Espinosa, atual diretor de planejamento, a partir de 1º de abril. A decisão acontece em meio a resultados financeiros ruins e às preocupações crescentes com tarifas de importação nos EUA.

Fracasso na fusão e pressão do conselho levaram à saída

Desde que assumiu a presidência da Nissan em 2019, Uchida enfrentou desafios como a recuperação da credibilidade da empresa após o escândalo envolvendo Carlos Ghosn. Sob sua liderança, a marca teve bons resultados em 2022 e 2023, mas 2024 trouxe uma queda nas vendas e dificuldades financeiras.

O ponto decisivo para a saída do CEO foi a tentativa de fusão com a Honda, que não teve sucesso. Com a rejeição do plano e a insatisfação do conselho, Yasushi Kimura, presidente do conselho da Nissan, destacou que a mudança de liderança era essencial para garantir a sobrevivência da montadora.

Impacto da crise e futuro da Nissan

As tarifas de importação propostas por Donald Trump sobre veículos japoneses aumentaram a pressão sobre a Nissan. Em meio a essas incertezas, Uchida declarou: "A principal prioridade da Nissan hoje é romper com a situação atual e colocar a empresa de volta no caminho do crescimento".

Além da saída do CEO, outros executivos também deixarão a empresa, incluindo Kunio Nakaguro (diretor de tecnologia), Hideyuki Sakamoto (diretor executivo), Asako Hoshino (diretor de marca e cliente) e Hideaki Watanabe (diretor de estratégia e assuntos corporativos).