Preço do etanol cai e gasolina fica estável na 1ª quinzena do mês

Levantamento aponta leve queda no valor do biocombustível, enquanto gasolina mantém preço médio; variações regionais persistem

Preço médio do etanol no país recuou 0,22%
Foto: FreePik
Preço médio do etanol no país recuou 0,22%

O mercado de  combustíveis no Brasil apresentou uma tendência de estabilização na primeira quinzena de março, com o  etanol registrando uma pequena queda no preço médio nacional, enquanto a  gasolina manteve-se sem alterações significativas em comparação com o mês anterior.

O preço médio do etanol no país recuou 0,22%, sendo comercializado a R$ 4,50 por litro. Esse valor representa uma leve redução em relação ao período anterior, indicando uma possível tendência de queda para o biocombustível. Já a gasolina manteve seu preço médio em R$ 6,49 por litro.

A estabilização dos preços dos combustíveis ocorre após um período de altas sucessivas entre dezembro e fevereiro. Esses aumentos foram impulsionados principalmente pela variação cambial e pelo recente aumento do ICMS, fatores que influenciaram diretamente o comportamento do mercado nos últimos meses.

Renato Mascarenhas, Diretor de Rede, Operações e Transformação da Edenred Mobilidade, acredita que a estabilização reflete um momento de equilíbrio do mercado após os reajustes observados no período anterior, indicando uma possível acomodação dos preços.

Variações regionais persistem

Apesar da tendência de estabilização a nível nacional, algumas regiões do país apresentaram variações nos preços dos combustíveis. A região Norte, por exemplo, continua liderando com os valores mais elevados, tanto para a gasolina quanto para o etanol.

Na região Norte, o preço médio da gasolina chegou a R$ 6,97, representando um aumento de 0,43% em relação ao mesmo período de fevereiro. O etanol, por sua vez, foi comercializado a R$ 5,23 em média, com um aumento de 1,75%, o maior entre as regiões para o biocombustível.

Em contrapartida, a região Sudeste registrou os preços mais acessíveis para ambos os combustíveis. A gasolina foi encontrada com o preço médio de R$ 6,32, mantendo-se estável em relação ao período anterior. O etanol apresentou uma queda de 0,23%, sendo comercializado a R$ 4,40 em média.

A região Sul se destacou com o maior aumento para a gasolina, registrando uma alta de 0,47% e chegando ao preço médio de R$ 6,46. Já o Centro-Oeste foi a única região a apresentar queda no preço da gasolina, com uma redução de 0,15%, resultando em um valor médio de R$ 6,55.

Entre os estados, algumas variações chamaram a atenção. O Amazonas registrou a maior alta para a gasolina, com um aumento de 2,81%, chegando a R$ 7,31 por litro. O estado também apresentou o maior aumento para o etanol, com uma alta de 7,45%, alcançando o preço médio de R$ 5,48.

O Rio Grande do Norte, por outro lado, apresentou a maior redução no preço médio da gasolina, com uma queda de 1,18%, resultando em um valor de R$ 6,70 por litro. Já o Rio de Janeiro se destacou com a gasolina mais barata do país, sendo comercializada a R$ 6,26 em média.

O Acre manteve o título de estado com a gasolina mais cara, registrando um preço médio de R$ 7,64 após um aumento de 1,46%. Em contrapartida, São Paulo apresentou o etanol mais barato entre os estados, com um valor médio de R$ 4,29, mesmo após uma alta de 0,47%.

Competitividade do etanol

Um aspecto relevante destacado pelo levantamento é a competitividade do etanol em relação à gasolina. Atualmente, o biocombustível se apresenta como opção financeiramente mais vantajosa em 13 estados brasileiros, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Além do aspecto econômico, o etanol oferece vantagens ambientais em comparação com a gasolina. O biocombustível emite menos poluentes na atmosfera, contribuindo para uma mobilidade de baixo carbono e alinhando-se com as preocupações ambientais crescentes.

O levantamento que embasou esta análise foi realizado pela Edenred Ticket Log, consolidando dados de transações em 21 mil postos credenciados. A empresa utiliza uma estrutura de data science para processar informações de mais de 1 milhão de veículos, realizando em média oito transações por segundo.