
O rodízio de veículos estará suspenso na quinta-feira (01), Dia Mundial do Trabalho , e também na sexta-feira (2), em São Paulo. De acordo com a Prefeitura da cidade, a ação foi tomada pelo feriado prolongado.
Porém, a suspensão vale apenas para carros. O rodízio para caminhões e fretados permanecerá em vigor, assim como as faixas exclusivas de ônibus.
Durante a quinta-feira (1º), o rodízio de veículos e demais restrições não estão previstos, como acontece em todos os feriados. As faixas exclusivas de ônibus funcionam como aos domingos.
Já a Ciclofaixa de Lazer será ativada na quinta-feira (1º) e no domingo (4), sempre das 7h às 16h.
Como funciona o sistema de rodízio de veículos?
Tipicamente congestionado, o trânsito na cidade de São Paulo vive um rodízio de veículos desde 1997. O sistema funciona nos dias úteis, entre 7h e 10h da manhã, e das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira.
A Lei Municipal n° 12.490, criada em 3 de outubro de 1997, vale também para veículos emplacados em outros municípios. A infração é classificada como média e gera multa de R$ 130,16, além de 4 pontos na carteira.
De acordo com o dia da semana, duas placas são impedidas de transitar pela cidade, conforme o último dígito:
Segunda-feira — 1 e 2
Terça-feira — 3 e 4
Quarta-feira — 5 e 6
Quinta-feira — 7 e 8
Sexta-feira — 9 e 0
Não é só São Paulo
Embora São Paulo seja a única cidade brasileira com um sistema de rodízio veicular permanente, a estratégia não é exclusiva. Diversas metrópoles ao redor do mundo adotam formas semelhantes de restrição à circulação de carros, muitas delas motivadas por crises de poluição e pelo excesso de tráfego.

Na Cidade do México, o programa Hoy No Circula restringe veículos com base no número final da placa, especialmente para combater a poluição do ar. A mesma lógica é aplicada em Bogotá, na Colômbia, com o sistema Pico y Placa, que existe há mais de duas décadas.
Na Ásia, cidades como Pequim e Nova Délhi adotam versões ainda mais severas. Pequim, por exemplo, limita a emissão de novas placas por meio de sorteios e aplica rodízio semanal para reduzir a frota circulante.
Já Nova Délhi impõe um revezamento emergencial, com placas pares e ímpares alternando os dias de circulação, durante picos de poluição.
Na Europa, cidades como Paris, Milão e Atenas ativam rodízios temporários em períodos críticos de qualidade do ar, que restringe veículos conforme o número da placa ou o nível de emissão de poluentes.
A ideia de tirar carros das ruas para melhorar a mobilidade e a saúde pública, portanto, é uma resposta global a desafios comuns às grandes cidades.