Mais de R$ 20 mi em carros roubados são achados em garagens

Autoridades dos Estados Unidos rastreiam 43 veículos furtados ligados a esquema internacional de exportação clandestina

Rolls-Royce, de modelo não informado,  avaliado em mais de R$ 2.5 milhões foi apreendido
Foto: Divulgação
Rolls-Royce, de modelo não informado, avaliado em mais de R$ 2.5 milhões foi apreendido

Mais de R$ 20,7 milhões em veículos de luxo roubados foram apreendidos em garagens de Nova York, nos Estados Unidos. Uma investigação localizou a sede de um esquema de rede transnacional de roubo e exportação de carro, com destino a países da África. 

Entre os carros, tem modelos da Land Rover, Mercedes-Benz, BMW e até um Rolls-Royce estimado em R$ 2,7 milhões foram encontrados. Segundo o procurador-geral de Nova Jersey, Matthew J. Platkin, os estacionamentos funcionavam como pontos de armazenamento antes do embarque para o exterior.

Ele destacou que, apesar da queda nos índices de roubo de veículos em Nova Jersey, as ações criminosas se sofisticaram e operam agora com ramificações internacionais.

Investigações

A investigação teve início em julho de 2024 e identificou uma organização criminosa responsável por furtos residenciais nos condados de Morris, Essex, Mercer, Middlesex e Burlington.

A quadrilha invadia casas durante a madrugada, buscava chaves dos veículos e os levavam diretamente aos estacionamentos no Bronx. Os automóveis permaneciam guardados nas garagens até serem colocados em contêineres nos portos de Elizabeth (Nova Jersey) e Staten Island (Nova York).

De lá, seguiam para países como Gana, conforme confirmaram agentes da Alfândega e da Divisão de Segurança Interna.

O promotor público do Bronx, Darcel D. Clark, apontou que as garagens funcionavam como “showrooms” clandestinos, onde os veículos eram organizados e negociados: “Não toleraremos crimes automotivos no Bronx”, declarou.

Entre os 11 acusados pela promotoria, há suspeitos de atuar como receptadores e operadores logísticos do esquema. As investigações também apontam que o pagamento pelos veículos era feito por meio de transferências vindas da África Ocidental.

Todos os réus enfrentam acusações de extorsão em primeiro grau. Caso condenados, podem receber penas de até 20 anos de prisão e multas superiores a R$ 2,84 milhões.

As autoridades reforçaram, conforme a lei estadunidense, que os suspeitos ainda são considerados inocentes até o fim do processo judicial.