Fraudes em compras de veículos online caem quase 50% ao ano

Pesquisa revelou redução de golpes na categoria de veículos durante 2024

São Paulo lidera o ranking de estados com maior incidência de golpes
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São Paulo lidera o ranking de estados com maior incidência de golpes

O mercado digital de veículos registrou uma queda de 48,7% no total de golpes aplicados em 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo pesquisa realizada pela OLX para o Maio Amarelo. Os dados revelam que os carros correspondem a 70,5% dos anúncios fraudulentos.

Motos e caminhões completam o ranking de veículos mais visados por golpistas nas plataformas digitais, representando respectivamente 24,1% e 5,4% do total de fraudes identificadas no período analisado. A pesquisa avaliou dados do mercado digital brasileiro entre janeiro e dezembro de 2024.

"Os investimentos em tecnologias voltadas para a prevenção de golpes e ações que auxiliem na educação dos usuários são fundamentais para essa redução", explica Camila Braga, gerente de Produtos da OLX, destacando a importância da vigilância constante na aquisição de veículos usados ou seminovos pela internet.

Marcas e modelos mais visados

Quando analisadas apenas as fraudes envolvendo carros, incluindo vans e utilitários, a redução foi de 43,9% em relação a 2023. Dez marcas concentram 93% dos golpes aplicados nessa categoria em 2024: Chevrolet, Fiat, Volkswagen, Toyota, Ford, Honda, Hyundai, Renault, Jeep e Nissan.

Os modelos Celta, Gol, Palio, Corsa, Corolla, Uno, Onix, Hilux, Fit e Civic representam 43% das fraudes identificadas no período. Veículos fabricados entre 2008 e 2014 são os principais alvos, com destaque para os anos de 2013, 2010 e 2012, que juntos somam quase 30% dos anúncios fraudulentos.

São Paulo lidera o ranking de estados com maior incidência de golpes, concentrando 34% das fraudes em 2024. Na sequência aparecem Minas Gerais (7,9%), Bahia (7,6%), Rio de Janeiro (7,2%) e Distrito Federal (6,3%), completando as cinco unidades federativas com mais ocorrências.

O levantamento analisou uma base de aproximadamente 20 milhões de contas abertas em plataformas online, incluindo sites, aplicativos e contas digitais.