A Volvo Cars informou nesta segunda-feira (14) que vai registrar uma perda contábil de 11,4 bilhões de coroas suecas (R$ 6,6 bilhões na cotação atual) no segundo trimestre de 2025, devido a dificuldades comerciais com os modelos elétricos ES90 e EX90.
O impacto decorre de tarifas de importação que inviabilizam a venda do modelo ES90 nos Estados Unido s e pressionam a lucratividade na Europa.
Parte das perdas também se deve a atrasos e custos adicionais de desenvolvimento.
Modelos afetados e impacto nos resultados
A Volvo Cars, com sede na Suécia e controlada pela chinesa Geely Holding, afirmou que não consegue vender o modelo ES90, produzido na China, de forma lucrativa nos Estados Unidos, em razão das tarifas de importação. Na Europa, os custos elevados também pressionam as margens de lucro.
Em comunicado, a empresa explicou que a perda reflete “ajustes nos volumes esperados e na lucratividade planejada do ciclo de vida associados à plataforma para os carros EX90 e ES90”.
A companhia estima que 4 bilhões de coroas suecas (R$ 2,32 bilhões) afetem diretamente o custo das vendas, enquanto o valor restante impacta a linha de pesquisa e desenvolvimento nos relatórios financeiros.
O prejuízo líquido estimado para o segundo trimestre é de 9 bilhões de coroas (R$ 5,22 bilhões).
Tarifas, atrasos e pressões no mercado de elétricos
As tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos a veículos fabricados na China têm afetado diversas montadoras com operações globais.
O caso da Volvo se soma a um cenário mais amplo de tensões comerciais entre Washington e Pequim, com impacto direto na estratégia de expansão das fabricantes de veículos elétricos.
Além disso, o segmento tem enfrentado desafios com atrasos logísticos, aumento de custos de matérias-primas e revisão nas projeções de demanda.
A Volvo já havia reportado atrasos anteriores nos lançamentos, o que elevou os custos de desenvolvimento dos modelos ES90 e EX90.
A divulgação oficial dos resultados do segundo trimestre está prevista para esta quarta-feira (17).