Um dos veículos mais curiosos do quadrinhos e do universo Marvel está de volta aos cinemas.
O FantastiCar, o icônico carro voador do Quarteto Fantástico, reaparece em “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”, longa com estreia marcada para esta quinta-feira (24).
A nova versão do veículo incorpora o estilo retrô-futurista do filme e remete à estética dos anos 1960 com toques de ficção científica clássica.
Tecnologia com cara de passado
Criado nos quadrinhos em 1962 por Stan Lee e Jack Kirby, o FantastiCar estreou na revista Fantastic Four nº 3. Desde então, se tornou uma das marcas registradas do grupo de super-heróis.
Com visual inicialmente parecido com uma banheira voadora, o veículo se destacava por se dividir em quatro módulos, o que permitia que cada integrante do Quarteto Fantástico seguisse individualmente em missões separadas.
Ao longo das décadas, o design foi sendo atualizado: da versão espacial nos anos 1970 até protótipos mais aerodinâmicos e tecnológicos.
Ainda assim, o princípio permanecia: um carro voador modular e multifuncional, criado por Reed Richards, o Sr. Fantástico.
Capacidades e versões alternativas
O Fantasticar foi concebido para atender às demandas específicas do grupo, como voar a grandes altitudes, resistir a ambientes hostis e transportar equipamentos científicos.
Nos quadrinhos mais recentes, inclusive, o veículo chegou a ser pilotado pelos filhos de Reed e Sue Richards, Franklin e Valeria, o que gerou cenas bem-humoradas com o Departamento de Veículos Motorizados Extranormais, que questionou o uso do carro por menores de idade.
Existem ainda variações do veículo em universos paralelos, como no filme “Deadpool e Wolverine”, em que uma versão do Fantasticar é usada por capangas da vilã Cassandra Nova, dentro do universo podado pela Autoridade de Variância Temporal, a AVT.
Seria possível na vida real?
Embora o FantastiCar seja uma invenção ficcional, algumas de suas ideias já são exploradas em protótipos da indústria aeroespacial e automotiva.
Veículos voadores pessoais, como os eVTOLs (aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical), estão em fase avançada de testes por empresas como Joby, Archer e a própria NASA. A separação modular, no entanto, continua fora da realidade tecnológica atual.
Além disso, a aerodinâmica de um carro que flutua sem asas ou rotores visíveis, como mostrado nos quadrinhos e no filme, ainda pertence ao domínio da ficção científica.
Mas ajuda a reforçar a linguagem visual retrô, que imagina o futuro com base nas expectativas do passado.
Uma peça-chave no visual do filme
Em “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”, o FantastiCar não é apenas um meio de transporte, mas parte do conceito visual do longa.
A ambientação aposta no retrofuturismo, o “futuro como era imaginado nos anos 60”, para contar a história do grupo no auge da corrida espacial e da fé na ciência como motor do progresso.
Com Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach no elenco principal, o filme dirigido por Matt Shankman promete resgatar o espírito da origem do Quarteto, misturando aventura científica, conflitos familiares e, claro, um carro voador que parece saído de um episódio de “Os Jetsons”.