Um Toyota Corolla branco foi retirado de circulação nesta quinta-feira (21), em São Paulo, após fiscalização constatar que rodava sem licenciamento desde 2018.
O veículo acumulava R$ 583.461,10 em débitos e 1.499 autuações, a maioria por excesso de velocidade. Ele foi levado para o pátio do Detran.
Apesar da soma milionária de infrações, carros nessa situação só podem ser apreendidos quando flagrados em irregularidade prevista no Código de Trânsito Brasileiro.
Segundo levantamento da Polícia Militar de São Paulo, este é o 12º automóvel com mais débitos no estado. Especialistas apontam falha no modelo de cobrança, que permite a circulação até a abordagem.
Por que veículos com tantas multas continuam em circulação
Assim como em outros casos, automóveis com débitos elevados só podem ser apreendidos quando flagrados em situação de irregularidade prevista no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Isso inclui licenciamento vencido, placas adulteradas ou condução perigosa.
As multas, mesmo em grande volume, não impedem automaticamente a circulação do veículo. Enquanto não há blitz ou abordagem policial que identifique irregularidades adicionais, o carro segue ativo no sistema.
As multas mais altas previstas no CTB
Entre as penalidades mais caras que podem ser aplicadas aos motoristas estão:
- Organizar bloqueio de vias sem autorização: R$ 17.608,20; dobra em caso de reincidência.
- Recusar teste do bafômetro: R$ 2.934,70 e suspensão da CNH por 12 meses.
- Dirigir sob efeito de álcool ou drogas: R$ 2.934,70, podendo levar à prisão.
- Disputar rachas: R$ 2.934,70, com suspensão do direito de dirigir.
- Ultrapassagem pelo acostamento ou contramão: R$ 1.467,35.
Além dos valores financeiros, infrações gravíssimas somam pontos na CNH e podem resultar em suspensão do direito de dirigir por até um ano.