Stellantis testa bateria eliminando conversor de energia

Sistema inédito garante 15% mais potência e acelera recarga até a mesma proporção

Sistema integrado de bateria inteligente em teste no Peugeot E-3008
Foto: Divulgação/Stellantis
Sistema integrado de bateria inteligente em teste no Peugeot E-3008
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A Stellantis iniciou nesta semana, na França, os testes do primeiro carro elétrico com a tecnologia IBIS, que concentra funções de conversor e carregador dentro da bateria.

A solução promete ganhos de eficiência de até 15% e pode chegar a veículos comerciais até o fim da década.

O desenvolvimento começou em 2022 com um demonstrador estacionário e agora chega à fase de testes móveis, tendo como base o novo Peugeot E-3008.

Segundo a empresa, os ganhos incluem até 10% em eficiência no ciclo WLTC, 15% em potência (172 kW contra 150 kW), além de redução de 40 kg no peso do carro e liberação de 17 litros de espaço interno.

A Fase 2 do projeto seguirá até 2030 com apoio do governo francês, enquanto rivais do setor ainda apostam em arquiteturas convencionais.

Como a tecnologia IBIS muda o sistema elétrico

O diferencial da arquitetura IBIS está em simplificar o trem de força: a bateria passa a fornecer energia diretamente ao motor ou à rede elétrica, sem depender de inversores externos, seja em corrente alternada (CA) ou contínua (CC).

Essa integração facilita a manutenção, encurta o tempo de carregamento em até 15% e amplia o potencial de reuso das baterias em aplicações estacionárias.

Especialistas franceses envolvidos no projeto destacam que a padronização do sistema pode reduzir custos de longo prazo e acelerar a escalabilidade da eletrificação para setores além do automotivo, como ferroviário, marítimo e data centers.

Perspectiva de impacto industrial

O governo da França apoia a pesquisa dentro do programa França 2030, visando consolidar liderança europeia na transição energética.

A Stellantis afirma que a tecnologia poderá estar presente em veículos comerciais até o fim desta década, mas ainda precisa ser validada em condições reais de uso.

A Saft, responsável pela parte de armazenamento de energia, reforçou que a inovação fortalece a posição da empresa no mercado de baterias sustentáveis.