
A Honda estabeleceu a meta de eliminar todas as mortes em acidentes de trânsito envolvendo veículos da marca até 2050. A promessa, divulgada em 2021 e relembrada no Honda Report 2025, inclui automóveis e motocicletas e faz parte das duas metas sociais da empresa, que também pretende alcançar a neutralidade de carbono no mesmo prazo.
O documento define o objetivo como um dos “grandes desafios sociais” da companhia. A estratégia combina tecnologias de prevenção, veículos conectados e programas de capacitação de motoristas, especialmente em países com altos índices de acidentes.
A meta, segundo a empresa, reforça o compromisso da marca com segurança e sustentabilidade na mobilidade global.
Como a Honda pretende zerar as fatalidades
O relatório descreve um plano em múltiplas frentes. A primeira é tecnológica: ampliar o uso de sistemas avançados de assistência ao condutor (ADAS), com sensores, alertas de colisão e frenagem automática.
A empresa quer estender esses recursos a toda a linha, inclusive motocicletas de baixa cilindrada, onde ocorre a maior parte das mortes no trânsito.
A segunda frente é a conectividade. A Honda planeja criar um ecossistema de tráfego inteligente, no qual veículos e infraestrutura se comunicam para evitar riscos.
A tecnologia prevê o uso de inteligência artificial preditiva, capaz de antecipar situações perigosas e acionar respostas automáticas.
O terceiro eixo é educacional e social. A empresa afirma que investirá em programas de treinamento e conscientização de condutores em parceria com governos e instituições locais, com foco em países emergentes.
O objetivo da marca é reduzir fatalidades também pelo comportamento humano, e não apenas por inovação tecnológica.
Histórico de segurança e inovação
O Honda Report 2025 recorda que a segurança sempre foi parte da identidade da empresa.
O documento cita o primeiro airbag lateral desenvolvido no Japão e o airbag de abertura superior para o passageiro, criado para reduzir ferimentos por impacto frontal.
A Honda destaca que pesquisa e aplica tecnologias de segurança “antes mesmo de serem exigidas por lei” , o que reforça a continuidade de sua atuação nesse campo.
O relatório também menciona a intenção de compartilhar soluções de segurança com outras montadoras, repetindo a postura adotada nos anos 1970, quando cedeu a tecnologia do motor CVCC a concorrentes para reduzir emissões globais.
Integração com a meta de carbono neutro
A meta de zero fatalidades está associada à busca por neutralidade de carbono até 2050.
Segundo o relatório, as duas ambições são complementares: a digitalização e a eletrificação dos veículos devem contribuir para uma mobilidade mais segura e menos poluente.
A empresa resume essa visão na expressão “mobilidade inteligente, limpa e segura”, que define como o eixo central da sua estratégia global de longo prazo.
Perspectiva global e próximos passos
A Honda produz e comercializa veículos em mais de 150 países, com forte presença na Ásia, América do Sul e América do Norte.
O relatório afirma que o avanço das metas dependerá de cooperação internacional, padronização de dados de trânsito e integração entre sistemas públicos e privados de mobilidade.
A empresa reconhece que o desafio é “ambicioso e complexo”, mas sustenta que o compromisso é parte da sua responsabilidade como fabricante global.
A meta de 2050 será acompanhada por etapas intermediárias, com expansão de tecnologias de segurança inteligente a partir de 2027.