Lançada em 2017 , a Ducati Multistrada 950 representou a maior facilidade em se ter, na época, uma representante dessa família até então capitaneada pela sonhada Multistrada 1200 , bem mais forte porém mais cara e de pilotagem mais radical . Essa nova Ducati Multistrada , então, me conquistou.
Três anos depois veio sua versão renovada, a Ducati Multistrada 950S , que ganhou, entre outros itens, rodas raiadas para pneus sem câmara , uma série de itens eletrônicos de conveniência e segurança, como o cruise control e quick shift DQS , que permite troca de marchas ascendentes e descendentes sem usar a embreagem , e suspensões semiativas eletrônicas DSS .
Sua substituta, que acaba de chegar, é a nova Ducati Multistrada V2 S , que mantém as características mecânicas e visuais da 950S mas incorpora alguns itens de melhoria ergonômica , como a menor altura do banco (830 mm, mais um kit de acessórios combinados que podem reduzir ainda mais esse valor, para 790 mm), e alguns itens de conveniência , como as malas laterais , manoplas aquecidas e cavalete central , todos esses agora de série na nova Multistrada V2 S .
Da Ducati Multistrada V4 , a nova V2 S herda as pedaleiras , os espelhos e as rodas raiadas , 1,7 kg mais leves que as anteriores.
O motor é o mesmo V2 Testastretta 11 de 937 cm³ , com potência de 113 cv e 10 kgfm de torque, mas com algumas alterações importantes, como novas bielas de titânio .
A transmissão
também mudou, a embreagem
é nova, assim
como o câmbio
, que, com novos garfos seletores
, ficou com o acionamento mais suave
. Essas mudanças na mecânica
reduziram o peso do motor e câmbio em cerca de 2 kg, e todas as mudanças fizeram a Ducati Multistrada
V2 S
ser 5 kg mais leve
que a anterior 950S
.
Visualmente, a Ducati Multistrada V2 S muda apenas nos grafismos , uma vez que as peças de físicas de carenagem permanecem. A inscrição V2S nas laterais podem ser reconhecidas de longe. O quadro de aço treliçado , antes vermelho, agora é preto.
Na ocasião do lançamento da primeira Multistrada 950 , que foi feito na pista do Haras Tuiuti , há cinco anos, considerei a motocicleta uma excelente opção para quem curte a tradicional marca italiana, justamente por sua facilidade de condução e suavidade de funcionamento muito superior à dos modelos da marca que estavam disponíveis na época.
Desta vez, na pista da Capuava , a Ducati Multistrada V2S já não é tão mais amigável que os outros modelos, já que, depois da 950, estes também passaram por um bom tratamento de facilidade de condução (sem, contudo, perderem a agressividade comum a todos eles). Mas a V2 S continua sendo a mais gostosa Ducati para se pilotar de forma não tão radical . Mesmo assim, seu motor V2 ainda é mais redondo em altas rotações , acelerando com vontade, do que em médios e baixos regimes. Bom para uma pista, mas não a melhor motocicleta para essa condição.
Para isso, aproveitei o ensejo para experimentar a Ducati Monster 937 , que havia sido lançada em agosto deste ano mas ninguém havia experimentado oficialmente o novo modelo , por razões burocráticas de documentação .
Aí sim, uma motocicleta mais adequada a uma pista , principalmente a da Capuava , muito travada e pouco adequada para motocicletas muito potentes , como, por exemplo, a Panigale V4 .
E foi justamente dessa superesportiva que a nova Ducati Monster teve seu novo quadro de alumínio inspirado, uma mudança drástica nessa naked , que já estava consagrada por seu “quadro de cano”, um termo não depreciativo utilizado pelos amantes mais chegados das Ducati mais tradicionais que usavam quadro tubular de aço treliçado.
Nessa pista, curti mais a Monster do que a Multistrada , por motivos óbvios, mesmo com valores de potência e torque declarados ligeiramente menores (111 cv e 9,5 kgfm), apesar de ser o mesmo motor para as duas, mas sem as inovações da Multistrada.
Obviamente, os 33 kg a menos também fazem da Monster uma motocicleta muito mais adequada para essa pista do que a Multistrada V2 S .
A nova Ducati Multistrada V2 S tem preço de R$ 96.990, enquanto a Ducati Monster custa R$ 86.990.