Ataque ao líder

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Foto: Eduardo Rocha
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Confronto direto

BYD King encara o Corolla híbrido e evidencia a diferença de tecnologia

por Eduardo Rocha

Auto Press
A avaliação do novo BYD King foi em condições modestas: o estacionamento de um shopping. Foram algumas voltas em um trajeto de cerca de 500 metros com curvas fechadas, círculo para avaliar o diâmetro de giro, curvas mais abertas e uma pequena reta para testar a aceleração. O que realmente enriqueceu a apresentação foi a presença da vítima preferencial do novo sedã da BYD: o Toyota Corolla Hybrid.


O atual líder do segmento mostrou qualidades consagradas atualmente, como solidez de rodagem, boa aceleração apimentada pelo motor elétrico, estabilidade nas curvas de raio curto e posição para condução. No diâmetro de giro, o King também se mostrou superior (10,2 metros contra 11,6 m do Corolla). Os dois modelos se mostraram muito parelhos em relação à estabilidade, mas em outros quesitos dessa comparação, o Toyota foi ligeiramente superior, como na solidez de rodagem e posição de condução.

Onde a diferença é mais nítida a favor do Corolla é em relação aos materiais de acabamento e nos equipamentos de condução autônoma (que só devem ser oferecidos no King em uma futura versão de topo). Por outro lado, o King tem equipamentos mais modernos e tem dimensões ligeiramente maiores em relação à habitabilidade, com 1,8 cm a mais no entre-eixos de 2,72 m e 20 litros a mais no porta-malas de 470 litros.


Até aqui, as diferenças entre os dois modelos são pequenas. No entanto, a confiança da BYD no seu sedã para propor o confronto se baseou em um ponto absolutamente vital no segmento: o desempenho. Embora ambos tenham tração dianteira, a diferença de motorização entre os dois é gritante: 122 cv e 21,4 kgfm máximos combinados contra 209 cv e 32,2 kgfm do King (no caso, a versão avaliada foi a GL). Daí a aceleração de 12 segundos contra 7,9 s do modelo chinês.


Em outro ponto fundamental para um modelo híbrido, o King também tem larga vantagem. O Corolla tem um sistema híbrido que funciona como auxiliar do motor a combustão, quase sem capacidade de condução puramente elétrica. Já o King tem um conceito mais atualizado, híbrido plug-in, sendo possível a condução puramente elétrica por 37 km na GL e 80 km na GS, segundo o InMetro.


Isso significa que o King pode se comportar como um modelo elétrico dentro da cidade, com a vantagem de poder viajar sem provocar a síndrome de falta de carga que acomete os donos de carros 100% elétricos. No padrão europeu, a média de consumo do King seria de 25,6 km/l com 1.200 km de autonomia enquanto o Corolla seria de 22,7 km/l com 880 km de autonomia.

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