A aposta elétrica da Mini

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Foto: Eduardo Rocha
A aposta elétrica da Mini

Opção silenciosa

Novo Mini Countryman SE ALL4, que chega agora ao Brasil, será 100% elétrico

por Luca Basso

Infomotori.com/Itália

Exclusivo no Brasil para Auto Press

Uma revolução total para a terceira geração do Mini Countryman. O SUV da marca britânica– produzido inteiramente nas fábricas do BMW Group em Leipzig, na Alemanha – abandona as versões híbridas e adota o conceito de mobilidade 100% elétrica, além de adotar uma nova linguagem de design e se concentrar no incremento da tecnologia embarcada e da diversão ao dirigir. Lançadas na sequência das versões C e John Cooper Works ALL4, a versão SE ALL4 foi avaliada numa viagem entre Milão, na Lombardia, e Bolzano, no Sul do Tirol. Apenas a versão SE ALL4 será no Brasil vendida e a expectativa é que mantenha a mesma média de emplacamentos da atual geração em 2023 e em 2024, sempre em torno de 50 unidades mensais.

No Brasil, o Mini Countryman SE ALL4 100% elétrico já está em fase de distribuição para as concessionárias da marca. As primeiras unidades no país serão entregues no início de julho. Serão duas configurações: Exclusive, a R$ 294.990, e Top, a R$ 339.990. Esses R$ 45 mil extras correspondem a diversos recursos adicionados na versão Top, como revestimento interno mais refinado, rodas de aro 20 em lugar da de aro 18, mais opções de cores externas e os pacotes Driving Assistant Plus e Parking Assistant Plus com estacionamento automático com identificador de vagas, através da leitura feita por 12 sensores ultrassônicos e quatro câmeras para visão 360º, entre outros recursos.

Por fora, as dimensões são bem mais generosas. Ele agora tem 4,43 metros de comprimento, 1,84 m de largura e 1,66 m de altura, com uma distância entre-eixos de 2,69 m. O design procurou preservar os elementos-chave que geraram entusiastas da marca ao longo dos anos. Os faróis ganharam contornos poligonais e a moldura frontal agora engloba a grade dianteira, que tem função puramente estética, a parte central do para-choque e a entrada de ar inferior. Essas linhas criam uma personalidade mais imponente e musculosa e, ao mesmo tempo, minimalista.

De perfil, o design joga com o contraste de balanços curtos com superfícies limpas e essenciais, além do teto ligeiramente curvo e da coluna traseira em particular. As novas rodas de liga leve também dão um visual mais futurista. Na traseira, a unidade de faróis verticais ecoa as luzes clássicas da Union Jack, a bandeira britânica, mas numa versão digitalizada. O novo spoiler traseiro em balanço deixa a aparência do carro mais esguia. O coeficiente aerodinâmico ficou 20% menor (0,26 Cx contra 0,31 Cx da geração anterior). Número impressionante para um SUV.

As maiores mudanças dessa nova geração, no entanto, foram na cabine. O habitáculo ganhou um estilo bem moderno. Para começar, o painel de instrumentos desapareceu completamente, mas manteve o head-up display, que contém as informações essenciais para monitorar a condução. Todas as outras informações se concentram na tela central fina em forma de círculo, com um aro de vidro com diâmetro de 24 cm. Toda a área é aproveitável, o que representa um verdadeiro passo à frente. Na geração anterior, o círculo funcionava como moldura para uma tela retangular de 8,8 polegadas.

Na versão mais simples, estofado é em um tecido de poliéster reciclado, enquanto na de topo, o revestimento combina este tecido com couro sintético de boa qualidade. O plástico rígido permanece para os elementos restantes, como as portas ou a área de armazenamento central. As saídas de ar e maçanetas das portas são alinhadas verticalmente, para dar maior homogeneidade ao código estilístico do interior. O volante é um pouco grande demais e chega a atrapalhar a visualização total do head-up display. No total, são apenas dois raios, já que o terço inferior é uma espécie de alça de tecido. Além disso, o apoio de braço central está ligeiramente no caminho do braço direito do condutor. O espaço é bom para os passageiros traseiros e o volume do porta-malas é de respeitáveis 460 litros ‑ 1.450 litros com os bancos rebatidos.

O modelo destacado para o mercado brasileiro, SE ALL4, tem tração integral, com motor duplo elétrico, um para cada eixo. Na Europa, eles geram 230 kW ou 313 cv, com torque combinado de 50,4 kgfm. No Brasil, a potência declarada é de 306 cv (225 kW), com o mesmo torque de 50,4 kgfm. Por conta da diferença de potência, a aceleração de zero a 100 km/h na versão europeia é feita em 5,6 segundos, contra 5,8 s no Brasil. A velocidade máxima em ambos os casos é de 180 km/h. A bateria tem 66,5 kWh de capacidade e aceita carregador rápido de até 130 kW. Isso se traduz em autonomia de até 320 km no padrão do InMetro (até 462 km no ciclo europeu WTLP) e a possibilidade de recuperar de 10 para 80% da carga em menos de 30 minutos.

Impressões ao dirigir

Brinquedo hi-tech

O percurso proposto pela Mini entre Milão e Bolzano, de 281 km, inclui uma pequena parada para recarga em Affi, próximo a Verona, a cerca de 150 km de distância, utilizando apenas a autoestrada – a pior situação para um modelo totalmente elétrico. O consumo do Mini Countryman SE ALL4 foi de 21,5 kWh – cerca de 7 km/kWh, índice bem razoável para um SUV compacto. Na estação de recarga, com carregador AC de 130 kWh, foram necessários 20 minutos para que a carga passasse de 20 para 80%.

O isolamento do habitáculo do ruído externo é muito bom e, o controle de cruzeiro adaptativo é bastante preciso. O único problema é que o Mini retoma a velocidade programada de forma desnecessariamente abrupta, quando o carro à frente sai do campo de alcance do radar. Nas demais situações, há um controle total da condução e o carro se mostra ágil e responsivo.

A visibilidade geral é excelente e a ergonomia é bastante adequada e não provoca qualquer dor ou incômodo mesmo após um longo trajeto (mais de 500 km). Por outro lado, os comandos poderiam ser mais amigáveis. Por todas as opções serem touch e incorporadas à tela central, há distração para o condutor sempre que tenta configurar alguma função –principalmente o controle de temperatura interno, pois som e computador de bordo podem ser navegados pelo volante multifuncional. Em movimento, a comunicação com as rodas e a sensação de aderência à estrada são excelentes, enquanto o pedal do freio é um pouco bruto. Quando se alivia o pé de uma vez, o carro tende a travar as rodas em vez de apenas desacelerar.

Os modos de condução aqui foram rebatizados de Modos de Experiência. E mudam de forma sensível o comportamento do Mini Countryman. São eles o modo Vívido, o Core, o Verde, o Atemporal, o Equilíbrio, o Trial e o Pessoal. Para o Mini Countryman SE ALL4, ainda está disponível o modo Go-Kart, que produz um som semelhante ao de motor a jato tanto quando se acelera quanto quando se freia ou desacelera. E como a proposta da Mini é sempre produzir carros divertidos, é uma boa maneira de apreciar melhor um carro elétrico.

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