O Mini invertido

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O Mini invertido
Foto: Eduardo Rocha
O Mini invertido

Pelo lado errado

Mini Countryman E exibe agilidade e eficiência nas estradas da Irlanda

por Marcelo Palomino

Autocosmos.com/Chile

Exclusivo no Brasil para Auto Press

No aeroporto de Dublin, um MINI Countryman E ano 2025 estava pronto para percorrer a ilha da Irlanda de leste a oeste em quatro dias que percorreria a ilha. O trajeto consistiu em quase 800 quilômetros percorridos em todos os tipos de estradas. Esta versão é um dos dois motores elétricos que foram lançados em 2023, como parte da nova geração do SUV da marca. O modelo foi completamente renovado na construção, motores e design. Este modelo está sendo vendido no Brasil, na versão SE ALL4, por valores a partir de R$ 340.990.

Como o Countryman normal, essas versões elétricas são produzidas na fábrica da BMW em Leipzig e compartilham a arquitetura FAAR com o BMW X1, com suspensão independente em ambos os eixos (McPherson dianteiro e traseiro Multilink), freios a disco nas quatro rodas e uma distância ao solo de 202 mm. Sua carroceria é tão grande quanto do modelo a gasolina. Mede 4,45 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,64 m de altura e tem 2,69 m entre eixos, com 460 litros de capacidade no porta-malas. Nas dimensões, se encaixa no subsegmento médio-compacto, onde estão Toyota Corolla Cross, Jeep Compass e agora o Nissan Kicks.

Como toda a gama Countryman, a versão 100% elétrica traz o novo design da marca, com detalhes modernos e linhas associadas a superfícies que denotam musculatura. Possui grade oval fechada, atravessada por uma faixa na cor da carroceria, enquanto os faróis de led têm design assimétrico. A parte de trás destaca-se pelo grande spoiler que contorna a parte superior do vidro traseiro, as lanternas verticais em forma de C e tampa do porta-malas com a palavra Countryman.

O Mini Countryman E traz ainda faróis full led, rodas de 18 polegadas, vidros traseiros escurecidos, assistente de farol alto, abertura e fechamento por proximidade e espelhos retrovisores externos rebatíveis eletricamente. No interior, o design do novo Mini Cooper é replicado, com materiais reciclados, uma enorme tela circular no alto do console central, com 9,4 polegadas de de diâmetro, a partir da qual a nova central multimídia da marca é controlada. Possui iluminação ambiente, esquemas de design ambiental e muito mais.

Esta central multimídia permite conexão e espelhamento sem fio de Android Auto e Apple CarPlay, bem como atende ao comando de voz “Hey MINI”. O carregador de celular por indução completa o pacote. Em termos de segurança, além dos seis airbags tradicionais e dos sensores com câmera de ré, ele traz o pacote Driving Assistant com várias assistências à condução.

Abaixo do painel central está instalado o pequeno comutador para mudanças de marcha, um botão giratório para os modos de condução e até o comando do freio de estacionamento elétrico. À frente do volante, um head-up display substitui o cluster. A unidade de teste ainda trazia volante esportivo em couro, espelho retrovisor interno eletrocrômico, ar de duas zonas, estofamento em couro sintético Vescin, sistema de navegação GPS, modos de condução Mini Driving Experience e assistente de estacionamento.

O Countryman elétrico na versão E se diferencia da SE pela potência e capacidade de tração, bem como pela autonomia. O motor dianteiro rende 204 cv de potência e 25,5 kgfm de torque e é alimentado por uma bateria de 64,7 kWh de capacidade, para uma autonomia de até 462 km no ciclo europeu WLTP. Pelos critérios do InMetro, esse número cairia para cerca de 320 km. A bateria é de alta capacidade e suporta sistemas de carregamento rápido de até 130 kW. Nessas condições, o MINI recuperaria 70% da carga, entre 10% e 80%, em 29 minutos.

Impressões ao dirigir

Um grande Mini

A rota planejada passou por Dublin e depois seguiu para a costa atlântica da Irlanda. Primeiro, para o sítio arqueológico de Carran, depois da cidade de Galway, finalmente para a região de Conamara, antes de retornar a Dublin. No total, foram 750 km, 400 deles em autoestradas, 350 em estradas secundárias, além dos quase 50 km na capital irlandesa.

Embora a marca tenha homologado uma autonomia de mais de 460 km, trata-se de um número de laboratório, que depende diretamente da forma de dirigir, do tipo de estrada, do modo de condução selecionado e, sobretudo, da velocidade implementada. Ir a 120 km/h com o controle de cruzeiro não é igual a rodar a 80 km/h em rotas secundárias regenerando energia e ainda mais diferente de trafegar em velocidades de até 50 km/h, freando e desacelerando, como na cidade.

No trajeto, houve momento em que a média de consumo era de 7 km/kWh, o que renderia 450 km. No final, a média foi de 5,85 km/kWh, o que significa um alcance de 380 km com uma carga. Para os 800 km percorridos, foram necessárias duas recargas em carregadores ultrarrápidos, que recuperaram a 75% da carga, de 20 a 95%, em 45 minutos. Já em um carregador de corrente alternada, mais simples, foi preciso duas horas para recuperar 25% da carga. Ou seja: um tempo oito vezes maior.

A não ser pelo volante do lado direito e todo o cockpit invertido, não há maiores diferenças para os carros com a chamada configuração continental. A posição dos controles da janela e do espelho, os pedais e as hastes no volante não mudam de posição. Apenas o comando de câmbio e modos de condição são invertidos, para que o comando da marcha fique mais próximo ao volante. O acelerador se mantém à esquerda e o freio no centro.

Em termos gerais o Mini Countryman E é um veículo bem construído, sólido, fácil de manusear, espaçoso por dentro, com uma boa mala, muito equipado e com um motor ágil e alerta. Se não fosse tão grande e pesado, seria o Mini perfeito. Mas os tempos o obrigam a oferecer mais versatilidade e pacotes elétricos, o que resulta em um peso maior. Ele está intimamente relacionado com o BMW X1, que é um bom SUV. Com isso, o Countryman é talvez um automóvel melhor que o próprio Mini Cooper.

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