Bólido de rua

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Foto: Eduardo Rocha
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A Panigale voa baixo

Ducati Panigale V4 R, trazida do World SBK , atinge 240 cv e chega a 345 km/h

por Eduardo Rocha

Auto Press

O Campeonato Mundial de Superbike, ou o World SBK é uma via de mão dupla para as marcas. Ao mesmo tempo que serve para dar um aval de eficiência às marcas que disputam, devolve para os modelos de rua uma série de evoluções técnicas desenvolvidas nas pistas. É o caso da Ducati Panigale V4 R, que tem a função de representar essa tecnologia mais refinada da marca e, assim como as rivais BMW M 1000 RR e Kawasaki ZX-10RR, serve de base para o modelo de competição.

A Panigale V4 R chega com uma produção numerada, e está disponível apenas na cor vermelha Ducati com tanque em prata, o que reforça o status de exclusividade e reforça o posicionamento premium. O preço na Europa de 44 mil euros (R$ 275 mil), 20% acima da Panigale V4 S por lá, reforça essa condição. No Brasil, caso mantivesse a proporção em relação à V4 S, custaria em torno de R$ 210 mil.

O design da Panigale V4 R busca valorizar a identidade visual da família Panigale, ao mesmo tempo que incorpora elementos visuais e funcionais diretamente da competição. As asas de duas folhas, maiores em relação às da Panigale V4 S, servem para aumentar o downforce, o que melhora a estabilidade em acelerações fortes e velocidades elevadas. Essa funcionalidade tem o objetivo prático de manter a moto mais colada ao chão, permitindo ao piloto acelerar com mais confiança.

Já os sidepods, solução herdada do Moto GP, são introduzidos pela primeira vez em um modelo de produção. Eles ajudam a direcionar a moto para o centro da curva em grandes ângulos de inclinação, o que facilita o controle em trajetórias mais apertadas para saídas de curva em velocidades mais altas. O triângulo assento-guidão-pedais otimiza a ergonomia e facilita e proporcionam uma posição mais aerodinâmica.

A Panigale V4 R é animada pelo motor Desmosedici Stradale R de 998 cm³, de 218 cv a 15.750 rpm e 11,7 kgfm a 12 mil giros. Este propulsor ganhou uma curva de potência bem sustentada em rotações médias, com ganhos de até 4 cv. O virabrequim tem maior inércia, uma característica que visa tornar a resposta do motor mais progressiva e menos contundente. A máxima é apontada em 315 km/h, com zero a 100 km/h em 3,3 segundos. Em comparação, a BMW M 1000 RR rende 212 cv, enquanto a Kawasaki ZX-10RR alcança 204 cv. Com escape e configuração de competição, a Panigale V4 R pode chegar à potência de 240,5 cv, alcançar 345 km/h e acelerar de zero a 100 km/h em 3,03 segundos

Outra novidade da Panigale V4 R é a caixa de velocidades Ducati Racing (DRG), que posiciona o ponto morto abaixo da primeira marcha. Essa configuração, utilizada no Moto GP, tem o objetivo de evitar que o piloto engate o ponto morto acidentalmente em uma fase de frenagem intensa. A ausência de ponto morto entre a primeira e a segunda marcha torna as trocas de marcha mais rápidas e consistentes.

O quadro frontal e o braço oscilante simétrico da Panigale V4 R foram redesenhados para reduzir a rigidez lateral em 40%, o que, em conjunto com o braço oscilante, visa maximizar a aderência dos pneus. A moto apresenta um peso em ordem de marcha de 186,5 kg. Em termos de dimensões, a altura do pivô do braço oscilante é ajustável em 4 posições, e a altura traseira também pode ser alterada. Essas características de ajuste fino se alinham com a proposta de um veículo voltado para o ambiente de pista, onde a capacidade de adaptação a diferentes circuitos é um fator determinante para o desempenho.

No posto de pilotagem, a Panigale V4 R apresenta um painel de instrumentos TFT de 6,9 polegadas que oferece dois modos de exibição: Track e Road. Ela ainda oferece um gráfico específico que exibe a aderência disponível em tempo real, o Grip Meter. Essa funcionalidade permite que o piloto encontre mais facilmente o ponto de máximo desempenho.

O painel também gerencia o pacote eletrônico, incluindo o Ducati Vehicle Observer (DVO), um algoritmo que permite um uso mais preciso do freio traseiro e do freio motor. A função prática é permitir que o piloto mova seu ponto de frenagem para mais tarde, resultando em tempos de volta mais baixos.

A moto é equipada com rodas de alumínio forjado e pneus Pirelli Diablo Supercorsa SP V4S. O sistema de freios conta com pinças Brembo Hypure e discos de 330 mm. A bateria de lítio e a configuração de assento único são de série. A disponibilidade está prevista para novembro de 2025 na Europa e a partir do mês seguinte em outros mercados. O modelo é vendido em série numerada, com o nome e número do modelo gravados na mesa de direção. Isso não significa que há um número limitado de unidades produzidas, mas que será sempre um modelo de baixa escala, com poucos exemplares disponíveis – o que já era previsível pelo preço salgado estabelecido pela marca.

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