A nova origem do Taos

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A nova origem do Taos
Foto: Eduardo Rocha
A nova origem do Taos

Mudança estratégica

Como é o Volkswagen Taos feito no México, que chega no Brasil na linha 2026

com Mauricio Juárez

Autocosmos.com/México

Exclusivo no Brasil para Auto Press

No Brasil, o Volkswagen Taos nunca deu muito certo. Ele tanto na própria concorrência interna, com Tiguan de um lado e T-Cross do outro, quanto pela competência de rivais como Toyota Corolla Cross, Jeep Compass e BYD Song Pro. Na Argentina, a situação é um pouco melhor, mas o volume de emplacamentos é semelhante ao que consegue no Brasil, insuficiente para sustentar uma linha de produção – ainda mais com a desorganização econômica criada pelo presidente maluquinho Javier Milei. Com isso, a Volkswagen passa a suprir a América do Sul com o Taos produzido no México. Pacheco, onde o SUV era produzido, vai fabricar exclusivamente a nova Amarok, uma picape projetada localmente, que nada tem a ver com a Amarok europeia, baseada na Ford Ranger.

Com essa mudança de endereço, o Taos 2026 passa a ser o mesmo exportado para o Estados Unidos, que recebeu na linha 2025 uma importante atualização. Além de um face-lift que, O SUV médio- compacto, que no México é considerado compacto de acesso, refinou sua aparência para parecer mais atual. Na frente o formato dos faróis, da grade e do para-choque dianteiro, buscando um visual mais limpo, como o que o Golf inaugurou há alguns anos. Como sempre, há uma boa dose de plásticos prateados e outros em preto para dar um toque aventureiro, embora não tenha sido projetado para sair do asfalto.

Nas laterais, foram mantidas integralmente as formas já conhecidas, com alteração apenas nas rodas recém-desenhadas e, no caso da versão topo de gama, Highline, traz rodas de 18 polegadas em preto. Na traseira, as diferenças são marcantes também na traseira, que traz um conjunto de lanternas mais robustas, interligadas por uma faixa de led. O para-choque traseiro ganhou detalhes em cromado logo abaixo das luzes de neblina. As medidas se mantiveram: 4,47 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,64 de altura e 2,69 m de entre-eixos, com 500 litros de porta-malas.

Por dentro, o foco foi melhorar o espaço e os equipamentos. Pela mesma razão, a parte superior do console frontal ainda é dominada por plástico rígido, sem materiais macios. Na verdade, materiais macios são colocados como uma inserção na linha inferior do console, onde há um friso de luz ambiente. Na versão, os painéis das portas também recebem revestimento em couro sintético com cores contrastantes, com aspecto um pouco mais refinado. De um modo geral, a qualidade é boa, mas abaixo de rivais como Compass e Song Pro.

Em relação aos equipamentos, toda a gama traz o VW Play, com tela central de 10 polegadas, que tem espelhamento através de Apple CarPlay e Android Auto sem fio, disco rígido interno para descarregar vários aplicativos diretamente na central multimídia e uma interface no estilo tablet, fácil e rápida. No mais, ele traz ar-condicionado dual-zone carregador sem fio para celular, banco do motorista com ajuste elétrico, painel de instrumentos digital, teto panorâmico, iluminação ambiente configurável, freio de estacionamento com comando eletrônico, entre outros detalhes. A única coisa que faltou foi movimentação elétrica da tampa do porta-malas. O espaço é outra virtude do Taos e, embora não tenha as medidas mais amplas do segmento, a percepção é bastante positiva.

Em movimento, embora direção, suspensão e refinamento de rodagem sempre tenham sido bem resolvidos, a combinação de motor e transmissão não parece estar à altura. Até o ano passado, o modelo trazia o motor 1.4 TSI de 150 cv e 25,5 kgfm gerenciado por câmbio automático de seis marchas. Era uma combinação que apresentava um claro atraso na entrega de potência, especialmente em baixas velocidades. E isso realmente prejudicava a experiência com o produto. Para a linha 2025, quando o Taos feito no México passou pelo face-lift, a marca adotou o câmbio de oito marchas. Essa mesma providência foi adotada na versão antiga feita Argentina.

Impressões ao dirigir

Dinâmica renovada

A mudança dinâmica com o câmbio de oito marchas é muito perceptível. Agora as respostas são mais rápidas e suaves. Embora de vez em quando demore um pouco para responder, não é tão demorada como era. Com um maior número de marchas, naturalmente o consumo melhorou, pouco o trabalho do motor é melhor dosado, com funcionamento em rotações mais baixas no uso normal. O Taos melhorou muito o manuseio graças a essa nova caixa de câmbio, que parece entender o motor.

Outro ponto a favor é o ajuste da suspensão, pois em movimento parece extremamente suave, enquanto ao amortecer é confortável, mas ainda assim transmitindo uma certa firmeza, o que ajuda a entender o que está acontecendo embaixo do SUV. Apesar de ter uma configuração pouco refinada, com eixo rígido na traseira, o controle está sempre presente. E, afinal, não é nem de longe um produto projetado para altas velocidades.

De um modo geral, a Volkswagen melhorou o que era possível, sem ter de investir muito. Ou seja: trocou o câmbio, mas manteve o nível mediano de acabamento – o que complica a vida do modelo no mercado brasileiro. A maior novidade na versão Highline no México, e que deve ser aplicado ao modelo que vem para o Brasil, é o sistema VW Premium com subwoofer e oito alto-falantes. Com isso, a experiência de áudio é aprimorada, um detalhe que ajuda a nivelar o SUV com seus rivais diretos.

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