
Futuro próximo
Novo Audi Q3 e-hybrid, que será feito no Brasil em 2026, ganha em tecnologia e esportividade
por Claudio Soranzo
Infomotori.com/Itália
Exclusivo no Brasil para Auto Press
Há poucos meses, a Audi apresentou a terceira geração de seu SUV médio Q3. Agora, a linha cresceu com a chegada da nova e inédita versão híbrida do modelo, uma variante eletrificada plug-in para o modelo da Audi mais vendido em diversos mercados, inclusive o brasileiro. Ele usa o mesmo sistema híbrido já aplicado aos Audi A6 e Q5, embora use a plataforma MQB Evo, do Grupo Volkswagen e não a nova plataforma térmica premium PPC, usada nos modelos maiores. A nova versão plug-in do modelo, avaliado em Verona, foi produzido na Hungria. Para o Brasil, no entanto, o novo Q3 chegará em 2026, incluindo a versão híbrida, será o que está previsto para ser produzido em São José dos Pinhais, no Paraná – no mesmo regime de montagem atual do Q3 de segunda geração, SKD, em que os veículos chegam quase prontos.
Embora pertençam a segmentos diferentes e baseados em plataformas distintas, os e-híbridos Audi Q3, A6 e Q5 compartilham vantagens competitivas presentes na gama da Audi, como dirigibilidade de alto nível, eficiência e desempenho. Mas entre eles, o Q3 e-híbrido Q3 se torna referência por trazer com alguns dos melhores recursos da categoria. Uma delas é a autonomia elétrica de até 119 km WLTP (pelo InMetro seriam cerca de 80 km), com carregamento rápido DC de até 50 kW. Outra são os interiores renovados por um console digital com o assistente de voz que interage com a inteligência artificial do ChatGPT.
O novo Q3 e-hybrid é impulsionado pelo conjunto de força híbrido recarregável com potência total de 272 cv. Mais que isso, o modelo apresenta uma dinâmica esportiva e até oferece uma configuração específica, com disponibilidade de amortecedores adaptativos de válvula dupla. O modelo ainda traz elementos como um alto nível de digitalização, com o uso de tecnologia usada nos modelos de ponta, como tecnologia de iluminação e múltiplos sistemas avançados de assistência ao motorista.
O conjunto propulsor consiste em um motor turbo a gasolina 1.5 TFSI e um motor elétrico síncrono de ímã permanente, com maior densidade de potência. O Evo 2 de 4 cilindros em linha substitui a unidade anterior 1.4 TFSI e possui muitos destaques técnicos. Primeiramente, o ciclo de Miller, que reduz a taxa de compressão natural do motor ao manter ao devolver à admissão parte da mistura. O resultado é uma melhoria na quantidade de energia extraída, em relação ao consumo e às emissões.
Essa tecnologia é acompanhada pela otimização do resfriamento das câmaras de combustão, dos pistões integrando os canais de óleo, projetados para manter as temperaturas de operação sob controle, e da sobrealimentação por meio de uma turbina de geometria variável. A injeção direta de gasolina ocorre a uma pressão máxima de 350 bar, enquanto o TFSI de 1.4 não ultrapassa 200 bar. Por fim, os revestimentos dos cilindros são revestidos com plasma para reduzir o atrito. Esse motor, inclusive, vai substituir aos poucos os atuais 1.4 TSI 250, usados em modelos Volkswagen como T-Cross, Virtus e Taos.
O acionamento elétrico é confiado a um novo motor síncrono de ímã permanente, que entrega 116 cv de potência e 33,7 kgfm de torque. A unidade está integrada à caixa de câmbio S-Tronic de 6 marchas. A transmissão de dupla embreagem é equipada com uma bomba de óleo elétrica, para garantir trocas de marcha suaves mesmo quando o TFSI não está ativo. A capacidade nominal da nova bateria de é de 25,7 kWh (19,7 efetivos), quase o dobro em relação ao modelo anterior, com dimensões quase idênticas.
Como configuração básica, o SUV híbrido plug-in médio começa no modo elétrico até uma temperatura de -28°C. O programa de condução EV permite que o carro viaje como um carro totalmente elétrico, enquanto o modo Auto Hybrid promove sua interação. Durante a desaceleração, o motor elétrico recupera energia de até um máximo de 43 kW de potência elétrica. Assim, é possível obter uma autonomia elétrica de até 119 km no ciclo WLTP e aproveitar um torque máximo de 250 Nm de 1.500 a 4 mil rpm. O Q3 em questão acelera de zero a 100 km/h em 6,8 segundos e tem velocidade máxima de 215 km/h – no modo elétrico, o limite é 140 km/h.
Impressões ao dirigir
Ganho tecnológico
Saindo do centro histórico de Verona e entrando nas colinas e vales ao redor, cheios de vinhedos e olivais, a avaliações começou nas faixas estreitas e às vezes íngremes, com curvas cegas e fechadas, que a previdência aconselhava a buzinar antes de contorná-las. Ali o Q3 mostrou uma distribuição equilibrada das massas entre os eixos, graças também à colocação adequada dos quase 80 kg da bateria de íon-lítio sob o piso, fundeada sob o banco traseiro.
Como resultado, a suspensão do Audi Q3 e-hybrid se beneficia de uma calibração específica, mais esportiva do que na geração passada (atual no Brasil). Um requinte técnico que conta ainda com à qual direção progressiva, com assistência de potência variável, e significativamente mais direta e precisa que a antecessora. Um comportamento de direção que gera controle e prazer absolutos ao volante.
Incluídos no pacote Tech PRO, os amortecedores adaptativos de válvula dupla apresentam uma estratégia de ativação em dois estágios. Ele varia o fluxo de óleo, de acordo com as variáveis detectadas por sensores, que interpretam as condições da estrada, o estilo de direção e o programa ativado no Audi Drive Select. No modo Dinâmico, o gerenciamento separado das fases de compressão e recuperação ficam mais evidentes, o que mostra o quanto de conforto, resistência na estrada, dirigibilidade e segurança o Q3 oferece. Na cidade, ele foi muito bem, com um sinal decisivo quando é preciso sair rapidamente dos vários engarrafamentos que afligem Verona.
Detail,
Colour: Glacier white
O modelo Audi em referência tem a possibilidade de ser recarregado tanto em corrente contínua quanto em corrente alternada. Em termos de segurança, encontramos um pacote completo de recursos ADAS. Quanto à capacidade de carga, o porta-malas comporta 375 litros, ampliável para 462 ao avanço de até 13 cm dos bancos traseiros. O sofá dobrável – que pode ser dividido na proporção 40/20/40 e flexível em inclinação – chega a 1.293 litros.