
A decisão entre comprar um carro elétrico (BEV), híbrido (HEV) ou híbrido plug-in (PHEV) tem se tornado cada vez mais frequente entre consumidores brasileiros. Cada tecnologia possui características próprias que podem se adequar melhor a diferentes perfis de uso e necessidades.
Confira a seguir as características de cada tipo de eletrificado para definir qual é o melhor para você.
Como funcionam os carros híbridos
Os veículos híbridos combinam um motor a combustão (geralmente a gasolina, com exceção dos modelos flex como os da Toyota no Brasil) com um motor elétrico. Esses motores podem funcionar de maneira independente ou em conjunto, dependendo da demanda.
A principal vantagem desse sistema é a maior eficiência de consumo e menor emissão de poluentes em comparação aos veículos convencionais. O desempenho é particularmente eficiente em ambientes urbanos, onde as velocidades são menores.

Os híbridos tradicionais (HEV) possuem baterias pequenas, geralmente entre 1 e 1,5 kWh, que são recarregadas automaticamente durante o uso do veículo, seja pelo motor a combustão ou pela frenagem regenerativa. Um exemplo popular no Brasil é o Toyota Corolla Hybrid, que pode alcançar médias de consumo entre 17 e 20 km/l na cidade.
Híbridos plug-in
Os híbridos plug-in (PHEV) representam um meio-termo entre as tecnologias. Equipados com baterias maiores, geralmente acima de 10 kWh, podem ser carregados diretamente na tomada, permitindo percorrer distâncias consideráveis apenas no modo elétrico.
Modelos como o BYD King DM-i, Song Plus e GWM Haval H6 conseguem rodar entre 50 e 80 km utilizando apenas a bateria. Após esse limite, o motor a combustão entra em funcionamento, garantindo autonomia total próxima aos 1.000 km.
Uma característica importante dos PHEVs é que, mesmo sem recarregar a bateria na tomada, o veículo continua funcionando como um híbrido convencional. No entanto, para aproveitar ao máximo sua eficiência, é recomendável realizar recargas regulares.
Carros 100% elétricos
Os veículos elétricos (BEV) funcionam exclusivamente com energia armazenada em suas baterias, que nos modelos de entrada variam entre 26 e 60 kWh. Sem motor a combustão, dependem totalmente de recarga na rede elétrica.
Entre as vantagens estão a ausência de emissões diretas de poluentes e custos operacionais reduzidos, já que não utilizam combustíveis fósseis. Modelos de entrada, como o BYD Dolphin Mini, oferecem autonomia entre 280 e 300 km com carga completa.
No entanto, os elétricos exigem infraestrutura para recarga, como wallboxes residenciais ou pontos públicos, além de planejamento cuidadoso para evitar imprevistos, especialmente em viagens longas.
Qual escolher?
A escolha ideal depende principalmente da rotina do consumidor:
Para uso urbano: Carros elétricos são excelentes opções, especialmente para motoristas de aplicativo. As cidades brasileiras têm ampliado os pontos de recarga em shoppings, supermercados e postos de combustível, reduzindo significativamente os custos operacionais.
Para equilíbrio entre economia e praticidade: Os híbridos convencionais oferecem economia de combustível sem abrir mão da praticidade de um motor tradicional. Porém, ainda demandam manutenção convencional, já que o motor a combustão é utilizado frequentemente.
Para quem faz muitas viagens: Os híbridos plug-in podem ser a melhor opção, combinando a possibilidade de rodar no modo elétrico em trechos urbanos e utilizando o motor a combustão em viagens mais longas. No entanto, vale lembrar que na estrada, o consumo tende a ser menor que o de um híbrido convencional, já que o PHEV utiliza predominantemente o motor a combustão e é geralmente mais pesado.
Para viagens longas : Os carros elétricos ainda enfrentam desafios no Brasil devido à infraestrutura limitada de pontos de recarga. Problemas como estações quebradas ou falta de conhecimento sobre como utilizá-las podem causar transtornos. Para quem pretende utilizar o carro elétrico em viagens, é fundamental mapear os pontos de recarga e calcular a autonomia necessária antes de partir.
A decisão final deve considerar não apenas o custo inicial do veículo, mas também os gastos com combustível, manutenção e a disponibilidade de infraestrutura de recarga na região onde o carro será utilizado.