
A Jeep convocou para recall os modelos Grand Cherokee 4xe e Wrangler 4xe, fabricados nos Estados Unidos, por uma falha grave que pode causar incêndio e desligamento repentino do motor.
O anúncio foi feito pela Stellantis, responsável pelas duas linhas, e vale inicialmente para unidades produzidas entre 2023 e 2025.
Documentos enviados à autoridade de segurança viária apontam que detritos deixados dentro do motor durante a fabricação podem atingir componentes essenciais e interromper o funcionamento sem qualquer aviso prévio.
Em determinadas situações, o veículo perde potência de forma brusca, podendo parar mesmo enquanto está em aceleração, o que eleva o risco de acidentes em vias mais rápidas e manobras de ultrapassagem.
A montadora reconheceu que ainda trabalha em um reparo definitivo e que fará contato com os proprietários quando o procedimento estiver aprovado para aplicação na rede de concessionárias.
Até o momento, não há registro oficial de acidentes associados à falha, mas o risco de incêndio no compartimento dianteiro permanece sob investigação.
O chamado envolve 112.859 unidades equipadas com o sistema híbrido plug-in, tecnologia que vem ganhando espaço na linha Jeep com a promessa de maior eficiência sem abrir mão do desempenho.
A falha, no entanto, só dá força aos debates sobre a confiabilidade de conjuntos mecânicos eletrificados que operam sob temperaturas mais elevadas e com arquitetura mais complexa do que a de motores tradicionais.
Problemas recentes
A Stellantis já havia enfrentado outros dois recalls recentes relacionados ao mesmo tema.
No início do mês, cerca de 375 mil SUVs foram convocados por risco de incêndio, com recomendação de que os motoristas deixassem os veículos estacionados ao ar livre.
Em outubro, mais 298 mil unidades foram chamadas em função de possibilidade de deslocamento involuntário, mesmo com o câmbio na posição P.
A autoridade de segurança informou que seguirá monitorando ocorrências e ampliará a análise caso surjam novos relatos sobre falhas similares.
Enquanto o reparo não é aprovado, os motoristas devem observar sinais de comportamento anormal, como perda súbita de potência, ruídos incomuns ou mau cheiro de superaquecimento.