Ford Territory custa mais de R$ 180 mil como zero quilômetro, mas assinatura parte de R$ 3.700 mensais
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Ford Territory custa mais de R$ 180 mil como zero quilômetro, mas assinatura parte de R$ 3.700 mensais

Os carros por assinatura estão bombando no Brasil. Praticamente todas as grandes fabricantes contam com um catálogo para clientes que não querem lidar com a burocracia de ter um veículo zero quilômetro. Afinal, nem todos estão dispostos a arcar com licenciamento, IPVA, seguro, manutenção e revenda.

Os carros por assinatura não estão isentos desses custos, mas você ao menos pode terceirizá-los. Basta escolher o melhor plano, assinar alguns documentos digitais e sair dirigindo sem se preocupar.

A última fabricante a lançar um plano de carros por assinatura foi a Ford , que atualmente conta com a picape Ranger e o SUV médio Territory em seu catálogo. Este último, por sinal, surge com valor bem convidativo no Ford Go , ainda mais se analisarmos todas as circunstâncias.

O Territory SEL tem assinatura anual a partir de R$ 3.700 , com tudo incluso e limite de 2.000 quilômetros mensais para circular. O valor total é de R$ 44,4 mil anuais, preço equivalente a um carro popular de entrada como o Renault Kwid .

Abismo entre categorias

Renault Kwid é um compacto de entrada enquanto Ford Territory é um SUV premium importado
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Renault Kwid é um compacto de entrada enquanto Ford Territory é um SUV premium importado

Neste caso, estamos tratando de dois modelos de categorias completamente distintas, pois o Kwid Life traz apenas o básico por R$ 45.090 . Não há central multimídia, rádio, computador de bordo e volante multifuncional. A mecânica também é simplória, com motor 1.0 de três cilindros capaz de entregar 75 cv de potência e câmbio manual de cinco marchas.

Já o Territory SEL parte de R$ 184.990 e traz uma infinidade de equipamentos. Há seis airbags, sensores de estacionamento, computador de bordo, luz ambiente, uma grande central multimídia com sistema Sync 3, controle automático de velocidade e até teto solar panorâmico.

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A mecânica também chama atenção, com motor 1.5 turbo capaz de desenvolver 150 cv de potência e câmbio CVT que simula oito velocidades. O Territory tem espaço de sobra para levar cinco ocupantes e porta-malas de 348 litros. Apesar do número ser tímido na comparação com outros SUVs médios, é incomparável com um veículo na categoria do Kwid , que tem apenas 290 litros de capacidade.

Um dos recursos mais interessantes do Territory é o FordPass, aplicativo que permite controlar o SUV médio de forma remota. É possível dar a ignição, travar e destravar o veículo, checar o nível do combustível, a quilometragem e pressão dos pneus, receber alertas de acionamento do alarme e de funcionamento do veículo, além de checar a sua localização.

SUV contra hatch

Outro ponto que pesa a favor do Territory por assinatura é a despesa mensal. O valor de R$ 3.700 cobrado pela Ford no plano de 2.000 quilômetros diários já inclui seguro, IPVA e licenciamento. Na aquisição do Renault Kwid zero quilômetro, o cliente terá que bancar todos estes valores por fora, além do desgaste natural dos pneus e as taxas de financiamento.

A desvalorização do Territory também chama atenção. Nos classificados online, unidades 2020/2021 adquiridas no ano passado já aparecem na faixa de R$ 154 mil. Portanto, o cliente terá que lidar com a depreciação de R$ 30 mil em curto espaço de tempo se adquirir o veículo zero quilômetro. Quem escolher um carro por assinatura estará automaticamente “blindado” da desvalorização do mercado de seminovos . Isso coloca o Ford Go como boa alternativa até para quem está pensando em adquirir um Territory novo.

Conclusão

Territory se destaca no serviço de assinatura Ford Go na versão SEL, uma das duas oferecidas no Brasil
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Territory se destaca no serviço de assinatura Ford Go na versão SEL, uma das duas oferecidas no Brasil

Ainda é cedo para dizer que os carros por assinatura compensam mais que modelos novos, mas essa é uma movimentação natural do mercado para os próximos anos. Alguns fabricantes ainda oferecem bons descontos nas próximas assinaturas se o cliente estiver interessado em renová-la, reduzindo ainda mais os preços dos serviços.

O desconto da renovação da assinatura , as taxas do financiamento e a depreciação na hora de vender o modelo seminovo pesam a favor da assinatura.

Ao fim do serviço, o cliente terá que devolver o Ford Territory para a fabricante, enquanto o proprietário do Renault Kwid continuará com seu modelo em mãos. Neste caso, vale analisar se você enxerga o carro como um serviço ou posse. Isso será determinante para fazer a melhor escolha.

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